Chance de vitória de Bolsonaro no segundo turno sobe para 75%, diz Eurasia
No primeiro turno, candidato do PSL recebeu 46% dos votos válidos; Fernando Haddad, do PT, ficou em segundo lugar com 29%
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de outubro de 2018 às 09h11.
Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 09h12.
São Paulo - A combinação da demonstração de força do candidato à Presidência do PSL , Jair Bolsonaro , no primeiro turno da eleição presidencial com a onda anti-establishment que marcou a disputa por vagas no Senado e governos estaduais aumenta as chances de vitória do capitão da reserva no segundo turno de 60% para 75%, avalia a consultoria norte-americana de risco político Eurásia.
Bolsonaro recebeu 46% dos votos válidos, e Fernando Haddad (PT) em segundo lugar, teve 29%. Anteriormente, a empresa chegou a trabalhar com 20% de chances de vitória de Bolsonaro no primeiro turno.
No segundo turno, o aumento da probabilidade de Bolsonaro ganhar decorre do fato de ele ter ficado muito perto de alcançar a metade de todos os votos válidos neste domingo (7), justifica a consultoria. Na prática, ele precisa convencer uma parcela relativamente pequena de eleitores de outros candidatos, continua a Eurasia. "Mas o ponto é que Haddad agora enfrenta um caminho difícil pela frente", acrescenta, pontuando que mesmo que o petista recebesse todos os votos de Ciro Gomes - o que é uma visão otimista -, ainda segundo a consultoria, ele alcançaria 41% de apoio contra os 46% de Bolsonaro.
"E olhando para o perfil dos eleitores dos próximos quatro candidatos que receberam mais votos, Geraldo Alckmin, João Amoêdo, Cabo Daciolo e Henrique Meirelles, eles tendem a ser mais conservadores e inclinar-se mais fortemente para o Bolsonaro", completa. Nem os votos herdados de Marina Silva e Guilherme Boulos ajudariam Haddad.
Em relação ao Senado e Câmara, Bolsonaro, caso eleito, Bolsonaro assume com um conjunto "mais favorável". "Nós não devemos, contudo, exagerar quão benéfico isso é para as reformas", pondera. "Não achamos que Bolsonaro irá distribuir cargos para construir uma coalizão no Congresso", conclui a Eurasia.