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Cerveró nega que sabia de pergunta antes de depoimento

Ex-diretor da Petrobras negou que tenha tido acesso prévio ao questionário de senadores da CPI


	Nestor Cerveró durante depoimento no Senado para a CPI da Petrobras
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Nestor Cerveró durante depoimento no Senado para a CPI da Petrobras (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 20h23.

Rio de Janeiro - O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como um dos responsáveis por prejuízos à União com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negou que tenha tido acesso prévio ao questionário de senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que ocorre no Congresso.

A denúncia foi feita pela revista Veja, em sua última edição.

Ele afirma ter passado apenas por uma espécie de "media training", exercícios de postura e discurso, comumente realizado com executivos de grandes empresas, nesse caso, patrocinado e a convite da Petrobras, dias antes de audiência no Senado.

Cerveró evita falar diretamente com a imprensa. Toda comunicação ocorre no Congresso, ou por meio de seu advogado, Edson Ribeiro, em notas oficiais.

Com isso, diz o advogado, pretende evitar que o caso de Pasadena e acusações feitas a Cerveró sejam utilizados para fins políticos e eleitoreiros.

O texto divulgado após a última denúncia envolvendo a Petrobras informa que "Nestor Cerveró foi convidado e participou de um media training comportamental, oferecido pela Petrobras, realizado no Rio de Janeiro, em hotel no bairro da Barra da Tijuca, não tendo recebido nenhum questionário com perguntas e respostas sobre o processo de aquisição da Refinaria de Pasadena", informa.

Questionado sobre o dia e local do media training pela reportagem, Ribeiro disse que Cerveró, questionado por ele, não soube informar.

Assinado por Ribeiro, a defesa do ex-diretor alega ainda que Cerveró está sendo colocado como "bode expiatório" no caso Pasadena e que, por isso, o seu trabalho é demonstrar à Comissão de Ética da Presidência da República e à Comissão Interna da Petrobras que Cerveró agiu de "boa fé".

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