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Após nova polêmica, ministro da Saúde deve sair em setembro

Auxiliares palacianos recomendam que Temer demita Ricardo Barros em reforma ministerial após o impeachment


	Série de declarações polêmicas pode provocar saída de Ricardo Barros do Ministério da Saúde em setembro
 (Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados)

Série de declarações polêmicas pode provocar saída de Ricardo Barros do Ministério da Saúde em setembro (Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 20h51.

Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), se envolveu em nova polêmica e pode sair do comando da pasta em setembro. O presidente interino Michel Temer (PMDB) realizará uma reforma ministerial caso o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) seja confirmado no julgamento final. 

Mais cedo, Barros anunciou a criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil. De acordo com o ministro, os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais.

A EXAME.com, assessores palacianos afirmaram que a declaração não repercutiu bem no Planalto e admitiram que ele pode ser demitido no próximo mês. Barros está no Ministério da Saúde pela cota do PP na Esplanada.

Por não ser a primeira declaração polêmica do ministro, auxiliares do presidente estariam pedindo a demissão de Barros.

Histórico de polêmicas

À frente do Ministério desde maio, Barros foi responsável por uma série de declarações polêmicas, o que estaria atormentando o Planalto há algum tempo. Essa última teria sido a gota d'água.

Em julho, o ministro propôs a criação de planos de saúde mais baratos, mas com menos serviços de atendimento obrigatórios. A ideia teria como objetivo aumentar o número de usuários de convênios, o que desafogaria a demanda do sistema único de saúde (SUS). Isso daria maior folga de recursos para financiar o atendimento público.

No mesmo mês, ele defendeu os planos de saúde, disse que as empresas não podem ser vistas como inimigas e que as multas aplicadas às operadoras são abusivas.

Em maio, Barros afirmou que gostaria de envolver as igrejas na discussão sobre aborto no Brasil. Ao admitir que o país enfrenta um problema relacionado ao tema, com grande número de procedimentos realizados de forma inadequada e muitas mortes, o ministro disse que precisava conversar com a Igreja.

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