Centro paralímpico em SP é legado para o país, diz ministro
Expectativa do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, é que o Brasil supere o sétimo lugar obtido nas Paralimpíadas de 2012, em Londres
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 17h12.
São Paulo - O ministro Aldo Rebelo visitou hoje (9) as obras do Centro Paralímpico Brasileiro, no Parque Fontes do Ipiranga, na capital paulista, e disse que a obra antecipa um legado que as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 deixarão para o país. “É um centro de treinamento para o Brasil e para os nossos irmãos da América Latina. É também para competições internacionais, e será entregue antes do prazo previsto, para aperfeiçoamento dos nossos atletas, porque acreditamos que podemos alcançar pelo menos o quinto lugar nas Paralimpíadas de 2016”, falou.
A expectativa do ministro é que o Brasil supere o sétimo lugar obtido nas Paralimpíadas de 2012, em Londres. Rebelo fez a vistia acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin; pela secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella; pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons; e pelo secretário nacional de Alto Rendimento, Ricardo Leyser.
O local será o principal centro de excelência do Brasil e da América Latina e um dos melhores do mundo, com lugar para 15 modalidades paralímpicas. Construído por meio de parceria dos governos estadual e federal, o local será também um centro de pesquisa em diversas áreas científicas e tecnológicas associadas ao esporte para pessoas com deficiência. O total do investimento previsto é R$264 milhões para a obra e R$ 24 milhões para os equipamentos.
O novo centro de esportes terá áreas para prática indoor e outdoor, uma área residencial com alojamentos para 280 pessoas, refeitório, lavanderia e centro de medicina e ciências do esporte, além de academia, vestiário e outros espaços de apoio. O complexo fará parte da Rede Nacional de Treinamento, que está sendo estruturada para modalidades de alto rendimento.
O nadador Rony Stony é cadeirante e compete há seis anos. Para ele, a construção de um complexo como esse representa um grande ganho para o atleta paralímpico. “É muito gratificante treinar em um centro como esse no nosso próprio país. Faz com que o esporte cresça. Isso é importante para nós nos desenvolvermos no esporte. Hoje é complicado para treinarmos, e com esse centro vai melhorar muito”, disse Stony. Ele competiu em Londres e ficou em sétimo melhor do mundo. Atualmente, ocupa o posto de segundo melhor do mundo e deve competir em 2016.
Também nadador, Daniel Dias está desde 2004 no esporte, o que mudou sua maneira de pensar. “Vi que o limite está em nossa cabeça. Já competi em duas paralimpíadas e fui bem, assim como os outros atletas também. Acho que o Brasil está no caminho certo do esporte adaptado. Buscamos ter sempre o melhor e o que estamos conquistando com esse centro de esportes é isso. Fico feliz por fazer parte dessa história”.