Censo 2022: uma em cada cinco pessoas mora de aluguel
Número de brasileiros que vivem em casas alugadas cresceu 8,6% em 22 anos e casa própria perde espaço
Redação Exame
Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 11h25.
O IBGE deu início nesta quinta-feira, 12, à divulgação de alguns dados do Censo 2022 .
Em 2022, a proporção de brasileiros que viviam em domicílios alugados manteve a trajetória de crescimento e chegou a 20,9% da população. Em 2000, essa parcela era de 12,3% e, em 2010, de 16,4%.
Existe ainda um considerável predomínio dos domicílios próprios, com 72,7% da população brasileira residindo no imóvel de algum dos moradores(já pago, herdado, ganho ou ainda pagando). Já 5,6% da população vivia em domicílios cedidos ou emprestados.
Proporção de domicílios com até três cômodos cai 20%
Analisando os dados dos domicílios ao longo dos últimos cinco Censos, observou-se que a proporção de domicílios com até três cômodos caiu de forma consistente, passando de 29,1% em 1970 para 9,0% em 2022. Para o IBGE, cômodos são todos os espaços cobertos por um teto e limitados por paredes. Não são considerados cômodos os corredores, varandas e garagens, por exemplo
Em 2022, 89,4% da população tinha internet em casa
O Censo 2022 também registrou pela primeira vez os números de pessoas com acesso à internet no Brasil.Naquele ano, 89,4% da população brasileira residia em domicílios com acesso à internet.Entre as unidades da federação, o Distrito Federal registrou a maior proporção, com 96,2% da população. Por outro lado, o Acre teve a menor, com 75,2%.
Nenhum município registrou 100% da população com acesso à Internet. Porém, em 179 municípios a proporção de acesso domiciliar à internet superava 95% da população, sendo 98 destes no Sul do país
Entre os indígenas, 44,5% não têm acesso à internet no domicílio
Fazendo o recorte por etnias e cor,a maior proporção de população sem acesso à internet foi observada entre os indígenas (44,5%). Entre os pretos, 12,9% não tinham acesso e para os pardos o percentual foi de 12,7%. Já entre os brancos, 7,5% não tinham acesso e, para a população de cor ou raça amarela, 5,6% viviam em domicílios sem internet.
Já no recorte de idade, a proporção mais elevada de acesso à internet no domicílio foi para as faixas 25 e 29 anos, 30 e 34 anos e 35 e 39 anos - todas com 92% da população residindo em domicílios com acesso à internet. A menor proporção foi encontrada no grupo de idade com 70 anos ou mais (72,4%).