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CCJ do Senado começa a discutir lei de abuso de autoridade

Proposta foi desengavetada depois do que os políticos consideraram "abuso de autoridade" da Polícia Federal na operação Carne Fraca

CCJ: proposta que trata abuso de autoridade deve começar a ser discutida na quarta (Lucio Bernardo Junior/Agência Câmara)

CCJ: proposta que trata abuso de autoridade deve começar a ser discutida na quarta (Lucio Bernardo Junior/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2017 às 10h50.

Brasília - A proposta que altera a lei de abuso de autoridade foi incluída na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, como anunciado pelo presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), e entra em discussão na quarta-feira, dia 29. A votação deve acontecer no início de abril.

A proposta ganha força no Senado no mesmo mês em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de inquérito no âmbito da Lava Jato com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Há expectativa de que o fim do sigilo das delações e a confirmação dos inquéritos ocorram nas próximas semanas. A investigação atingiria diretamente parlamentares e ministros, cujos processos tramitam no STF.

De autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Lava Jato, a proposta foi desengavetada em julho do ano passado, mas encontrou clima para votação nos últimos dias após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

Muitos parlamentares condenaram a condução da PF, que foi classificada como "abuso de autoridade", por ter prejudicado o setor agropecuário.

Nesta semana, duas audiências públicas no Senado serão focadas na discussão da operação: uma na Comissão de Direitos Humanos, amanhã, e outra na Comissão de Assuntos Econômicos, na quarta.

Os senadores vão ouvir representantes da indústria de alimentação, dos auditores fiscais, dos delegados da PF, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e de trabalhadores rurais.

Foro

No plenário, as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que extinguem o foro privilegiado e que modificam as regras de indicação de ministros do STF cumprem prazo de discussão na quinta-feira e, a partir de então, já podem ser votadas em primeiro turno. Com o quórum normalmente baixo às quintas, os projetos devem ir à votação apenas na semana seguinte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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