Brasil

CBV confirma contratos suspeitos com empresas

Estão sob suspeita de corrupção atual secretário-geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e o ex-superintendente geral da CBV


	Ary Graça Filho: em nota, o presidente da FIVB disse ter tomado conhecimento do resultado da auditoria realizada pela CBV e reiterou a legalidade dos contratos firmados durante sua gestão
 (Reprodução/Twitter/@AryGraca)

Ary Graça Filho: em nota, o presidente da FIVB disse ter tomado conhecimento do resultado da auditoria realizada pela CBV e reiterou a legalidade dos contratos firmados durante sua gestão (Reprodução/Twitter/@AryGraca)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 19h53.

Rio de Janeiro - A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) confirmou nesta quarta-feira que fez pagamentos de R$ 5,5 milhões a empresas ligadas a alguns de seus ex-dirigentes em contratos suspeitos.

Estão sob suspeita de corrupção o atual secretário-geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), Fábio Azevedo, e o ex-superintendente geral da CBV, Marcos Pina, donos de duas empresas (S4G e SMP, respectivamente) que receberam quantias.

O pagamento dos recursos sob suspeita foi confirmado por uma auditoria externa contratada pela CBV depois que a "ESPN Brasil" denunciou as supostas irregularidades em fevereiro.

O diretor de Marketing da CBV, o ex-jogador Renan Dal Zotto, apresentou hoje o resultado da auditoria em entrevista coletiva e confirmou a existência dos contratos suspeitos, mas disse que ainda precisa ser constatado se "houve realmente ilegalidade" neles.

"Se aconteceram erros, nós vamos atrás dos nossos direitos. Isso é um compromisso nosso com toda a comunidade do voleibol. Vamos atrás para saber legalmente o que aconteceu. Se houve falhas, elas vão ter que ser reparadas. E terão que ter responsáveis por isso. Vamos fazer o possível judicialmente para resolver todas as questões que foram denunciadas e todas as outras que percebemos nesses quatro meses", afirmou Renan.

Os contratos em questão foram assinados pela CBV com a empresa que tem Azevedo entre os sócios, chamada S4G, e a SMP, de Pina, e se referem à intermediação na negociação de um contrato de patrocínio com o Banco do Brasil para o quinquênio 2012-2017.

A SMP recebeu R$ 2,6 milhões em um contrato de duração de cinco anos, que foi quebrado pela CBV em outubro do ano passado, e a S4G embolsou R$ 2,9 milhões em um contrato que segue em vigor, segundo a auditoria.

Marcos Pina foi destituído como superintendente geral da entidade em fevereiro, quando o escândalo veio à tona. Azevedo era dirigente da CBV e assumiu o cargo de diretor-geral da FIVB acompanhando Ary Graça Filho, que foi presidente da CBV até o ano passado e agora é presidente da federação internacional.

O Banco do Brasil, que patrocina a CBV há 23 anos, ameaçou cancelar o contrato se a entidade não esclarecer os fatos denunciados rapidamente e se não forem tomadas medidas corretivas.

Em nota, o presidente da FIVB, Ary Graça, disse ter tomado conhecimento do resultado da auditoria realizada pela CBV e reiterou a legalidade dos contratos firmados durante sua gestão. O dirigente também afirmou acreditar que as questões ainda pendentes serão esclarecidas no âmbito administrativo da CBV.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEsportesVôlei

Mais de Brasil

PF realiza nova operação para apurar suposta venda de decisões judiciais

O que é Estado de Sítio, que Bolsonaro admite ter avaliado em 2022

Governo inicia roadshow para leilão de aeroportos regionais; veja terminais que serão concedidos

Lula sanciona projeto que cria novas regras para emendas; entenda os principais pontos