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Caso Bernardo: pai, madrasta e mais dois são condenados

Nenhum dos presos poderá recorrer em liberdade, segundo decisão da juíza Sucilene Engler, que comandou o julgamento

Bernardo e a avó em álbum de família (Arquivo Pessoal/Reprodução)

Bernardo e a avó em álbum de família (Arquivo Pessoal/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2019 às 20h43.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2020 às 16h32.

São Paulo - Após cerca de 50 horas de julgamento, o pai e a madrasta de Bernardo Uglione Boldrini foram condenados nesta sexta-feira (15), bem como Evandro e Edelvânia Wirganovicz.

Graciele, a madrasta, foi condenada a 34 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado por homicídio e ocultação de cadáver. Leandro Boldrini, o pai do garoto, teve pena fixada em 33 anos e 8 meses também pelos dois crimes, além de ser condenado por falsidade ideológica.

Edelvânia Wirganovicz foi condenada a 23 anos de reclusão. Já Evandro recebeu pena de 9 anos e 6 meses e é o único que poderá iniciar o cumprimento da sentença em regime semiaberto.

Leandro e Uglini foram condenados por homicídio quadruplamente qualificado, Edelvânia por triplamente qualificado e Evandro por homicídio duplamente qualificado. Todos respondem por ocultação da cadáver.

Nenhum dos presos poderá recorrer em liberdade, segundo decisão da juíza Sucilene Engler, que comandou o julgamento, realizado no Fórum de Passos, no Rio Grande do Sul.

Relembre o caso

No dia 4 de abril de 2014, o menino Bernardo, de 11 anos, foi assassinado e enterrado em uma cova feita à mão. A criança morava com o pai e a madrasta.

Depois de dez dias, o corpo de Bernardo foi encontrado. A autópsias indicou que a morte do garoto aconteceu devido a uma superdosagem do remédio Midazolam, usado como sedativo antes e durante procedimentos e, muitas vezes, como um pré-medicamento à anestesia local. No mesmo dia, Graciele, Leandro e Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, foram presos. Em 10 de maio de 2014, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, também foi preso.

Segundo denúncia do Ministério Público, Graciele teria ministrado o remédio e Edelvânia teria ajudado, enquanto Leandro, o pai de Bernardo, foi apontado como mentor do crime.

O julgamento começou há cinco dias no Rio Grande do Sul. Vídeos, áudios e depoimentos foram dados até que o júri considerou que os quatro foram culpados pela morte de Bernardo.

 

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