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Casas Bahia é denunciada por irregularidade em contratação

Segundo MPT, as contratações foram feitas por meio de uma empresa terceirizada, que também está sendo processada em R$ 1 milhão por danos morais coletivos

Fachada de loja da Casas Bahia: rede Casas Bahia negou, por meio de nota, ter contratado funcionários temporários de forma irregular (Renata Xavier)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 16h24.

São Paulo – A rede varejista Casas Bahia pode ser multada em até R$ 5 milhões por irregularidades na contratação de trabalhadores temporários, segundo condenação pedida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que acusa a empresa de contratar 1.294 trabalhadores temporários sem atender aos critérios estabelecidos em lei ou sem apresentar justificativas para estas contratações.

Segundo o órgão, as contratações foram feitas por meio de uma empresa terceirizada, que também está sendo processada em R$ 1 milhão por danos morais coletivos.

Para o Ministério Público, as empresas não apresentaram justificativas para as contratações temporárias e não atenderam ao que dispõe a Lei 6.019, de 1974, que permite a contratação temporária exclusivamente em casos de acréscimo extraordinário de serviços ou substituição de pessoal regular e permanente, em caso de férias, por exemplo.

Para o procurador Marcus Vinícius Gonçalves, a relação da rede varejista com a terceirizada se resume a uma mera intermediação de mão de obra, o que barateia os custos, transfere as responsabilidades trabalhistas e precariza o trabalho.

“Muitas empresas usam essa lei para substituir sua própria mão de obra, já que o trabalhador temporário, usualmente, acaba ganhando menos que o trabalhador efetivo, já que não tem os mesmos direitos garantidos por lei”, explicou o procurador, em entrevista hoje (26) à Agência Brasil.

Segundo ele, a empresa contratou temporários para substituir permanentemente os trabalhadores efetivos, cujos encargos trabalhistas são mais caros.

“No caso das Casas Bahia, foi o que aconteceu. Ela usou e utiliza muita mão de obra temporária, com base em um contrato em que não consta [a justificativa] porque essa contratação está sendo realizada”, falou Gonçalves.

“Pelo número de funcionários temporários que ela está contratando com tanta frequência e rotina, podemos afirmar que ela está fazendo isso [contratando trabalhadores temporários] para substituir sua mão de obra efetiva”, disse ele.

Além das multas, o MPT pede à Justiça Trabalhista que a rede varejista Casas Bahia seja impedida de contratar mão de obra temporária por meio da empresa terceirizada, a não ser que se configure, realmente, o “excepcional incremento do volume de trabalho”.

Procurada pela Agência Brasil, a rede Casas Bahia negou, por meio de nota, ter contratado funcionários temporários de forma irregular. “A Casas Bahia informa que contrata todos os seus colaboradores de acordo com a legislação vigente em cada segmento. Os trabalhadores temporários são admitidos por acúmulo extraordinário de serviços ou substituição de pessoal, conforme previsto na legislação”, informou a empresa.

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São Paulo – A rede varejista Casas Bahia pode ser multada em até R$ 5 milhões por irregularidades na contratação de trabalhadores temporários, segundo condenação pedida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que acusa a empresa de contratar 1.294 trabalhadores temporários sem atender aos critérios estabelecidos em lei ou sem apresentar justificativas para estas contratações.

Segundo o órgão, as contratações foram feitas por meio de uma empresa terceirizada, que também está sendo processada em R$ 1 milhão por danos morais coletivos.

Para o Ministério Público, as empresas não apresentaram justificativas para as contratações temporárias e não atenderam ao que dispõe a Lei 6.019, de 1974, que permite a contratação temporária exclusivamente em casos de acréscimo extraordinário de serviços ou substituição de pessoal regular e permanente, em caso de férias, por exemplo.

Para o procurador Marcus Vinícius Gonçalves, a relação da rede varejista com a terceirizada se resume a uma mera intermediação de mão de obra, o que barateia os custos, transfere as responsabilidades trabalhistas e precariza o trabalho.

“Muitas empresas usam essa lei para substituir sua própria mão de obra, já que o trabalhador temporário, usualmente, acaba ganhando menos que o trabalhador efetivo, já que não tem os mesmos direitos garantidos por lei”, explicou o procurador, em entrevista hoje (26) à Agência Brasil.

Segundo ele, a empresa contratou temporários para substituir permanentemente os trabalhadores efetivos, cujos encargos trabalhistas são mais caros.

“No caso das Casas Bahia, foi o que aconteceu. Ela usou e utiliza muita mão de obra temporária, com base em um contrato em que não consta [a justificativa] porque essa contratação está sendo realizada”, falou Gonçalves.

“Pelo número de funcionários temporários que ela está contratando com tanta frequência e rotina, podemos afirmar que ela está fazendo isso [contratando trabalhadores temporários] para substituir sua mão de obra efetiva”, disse ele.

Além das multas, o MPT pede à Justiça Trabalhista que a rede varejista Casas Bahia seja impedida de contratar mão de obra temporária por meio da empresa terceirizada, a não ser que se configure, realmente, o “excepcional incremento do volume de trabalho”.

Procurada pela Agência Brasil, a rede Casas Bahia negou, por meio de nota, ter contratado funcionários temporários de forma irregular. “A Casas Bahia informa que contrata todos os seus colaboradores de acordo com a legislação vigente em cada segmento. Os trabalhadores temporários são admitidos por acúmulo extraordinário de serviços ou substituição de pessoal, conforme previsto na legislação”, informou a empresa.

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