Brasil

Carvalho defende terceirização que "supere conflitos"

Para o ministro, texto sobre terceirização da mão de obra tem de trazer "um clima de paz e compromisso entre setor patronal e classe trabalhadora"


	Gilberto Carvalho: ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência lembrou das críticas dirigidas à CLT quando foi criada, há 70 anos
 (Wilson Dias/ABr)

Gilberto Carvalho: ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência lembrou das críticas dirigidas à CLT quando foi criada, há 70 anos (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 15h35.

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu a construção de um texto de consenso no Congresso sobre a terceirização do trabalho "que supere os conflitos" entre as partes. 

Para o ministro, o texto sobre terceirização da mão de obra tem de trazer "um clima de paz e compromisso entre setor patronal e classe trabalhadora". O comentário foi feito durante o seminário internacional "O Trabalho e a Competitividade no Brasil e no Mundo", que ocorre nesta terça-feira na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

Gilberto Carvalho lembrou das críticas dirigidas à CLT quando foi criada, há 70 anos. Em seguida, comentou que hoje em dia um terço da mão de obra do país ainda aspira trabalhar com carteira assinada. "Esta é uma das contradições do país, por causa da grande quantidade de trabalho informal que ainda existe e atinge um terço da nossa mão de obra", declarou o ministro.

O ministro citou ter integrado uma geração que contestou a CLT por muito tempo, por considerá-la um "resquício da ditadura Vargas". Mas hoje, prosseguiu, é preciso reconhecer que "a CLT foi e é um marco de avanço" e a prova disso é que todos querem estar abrangidos pela CLT. "Esta é uma das contradições do país, por causa da grande quantidade de trabalho informal que ainda existe", acrescentou.

Segundo Carvalho, houve um grande avanço nas discussões entre capital e trabalho. Mas ele ressaltou que "é importante discutir competitividade". Para o ministro, "a competitividade não pode ser só econômica", mas também precisa existir para ajudar a "superar abusos". E emendou: "é preciso vencer competitividade não só econômica, mas também social".

Acompanhe tudo sobre:CongressoDireitos trabalhistasgestao-de-negociosPolítica no BrasilTerceirização

Mais de Brasil

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”

Governo Lula é bom ou ótimo para 35,5% e ruim ou péssimo para 30,8%, diz pesquisa CNT/MDA