ELISEU PADILHA: o ministro comandou reunião para discutir estratégia de defesa da reforma da Previdência / Divulgação
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 06h08.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.
Padilha na Justiça
A Justiça de Mato Grosso bloqueou 38,2 milhões de reais em bens do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de quatro de seus sócios numa fazenda no interior do estado. Foi constatado desmatamento irregular de 735 hectares da área, que necessitava de autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e ocupação do solo em desacordo com as regras do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (Snuc). A região da fazenda de gado permite apenas o uso para ações de turismo ecológico, como passeios e trilhas.
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Propina na CPI da Petrobras
A Polícia Federal cumpriu nesta segunda-feira mandados de busca e apreensão na casa e nos escritórios do ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo (ex-senador do PMDB-PB) e do deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, para coletar provas do envolvimento de ambos num esquema de blindagem de empreiteiros na CPI da Petrobras. Segundo a PF, executivos afirmaram à Operação Lava-Jato que repassaram 5 milhões de reais para evitar convocações para depor em 2014. As suspeitas contra os parlamentares se desencadearam por meio da delação premiada de Delcídio do Amaral.
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Bloqueio no Rio
Mais um bloqueio de 302 milhões de reais do estado do Rio de Janeiro foi pedido pela União por não pagamento de dívidas. Com 65 milhões de reais para concluir o pagamento da folha de outubro, a determinação congelou mais uma vez os pagamentos. O pacote de corte de gastos do Rio começará a ser votado na Alerj nesta terça-feira 6.
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Cartel da Copa
Em seu acordo de leniência, a Andrade Gutierrez informou ao Cade que o estádio do Morumbi entrou na negociação do
cartel de licitações formado entre empreiteiras para a construção de arenas da Copa do Mundo de 2014. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a empreiteira, a Camargo Corrêa elaborou a divisão das obras e mostrou interesse em reformar o estádio do São Paulo Futebol Clube — que ainda não se manifestou sobre o caso. O cartel seria composto também por Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia e Queiroz Galvão desde 2007, quando o Brasil foi escolhido como sede do evento.
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Opep recorde
Após decidir por limitar a produção de petróleo na semana passada, a Opep anunciou que os países-membros tiveram uma prospecção acumulada recorde de 34,2 milhões de barris por dia em novembro. De acordo com o firmado na reunião da semana passado, o cartel tem de diminuir a produção para 32,5 milhões de barris por dia. O anúncio do corte na produção elevou os preços do barril de petróleo, e o contrato futuro do Brent fechou cotado em 55 dólares nesta segunda-feira, a maior alta dos últimos 16 meses. Apesar disso, a Opep informou em comunicado que não teme uma redução da demanda.
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2017 pessimista
No boletim Focus desta semana, analistas de mercado reduziram a perspectiva de crescimento no ano que vem de 0,98% para 0,8%. Em semanas anteriores já havia sido reportada a redução no crescimento, inclusive com o próprio Ministério da Fazenda reduzindo as expectativas oficiais. É esperada queda de 3,43% do PIB em 2016. Ainda no Focus, o mercado espera reduções mais acentuadas na taxa básica de juro (Selic) durante as reuniões do primeiro semestre de 2017, com cortes de 0,5% — a expectativa é que, ao final do ano, a Selic seja de 10,5%.
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Recontagem aberta
Apesar dos esforças da equipe de Donald Trump para barrar a recontagem dos votos da eleição presidencial, o processo já foi aceito em dois estados-chave, Wisconsin e Michigan, e foi aberto nesta segunda-feira na Pensilvânia. Nos três distritos, Trump perdeu por uma margem apertada e uma mudança nos resultados poderia afetar o resultado da eleição. O pedido foi liderado pela candidata do Partido Verde à Presidência, Jill Stein, que arrecadou mais de 3 milhões de dólares para iniciar os trâmites e afirma que a recontagem visa reafirmar a credibilidade do pleito.
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Carson com Trump
Após refletir por uma semana, o neurocirurgião Ben Carson aceitou o convite do presidente americano eleito, Donald Trump, para liderar o Departamento de Moradia e Desenvolvimento Urbano e tornou-se o primeiro negro a compor o futuro gabinete. Rivais questionam o despreparo de Carson, que nunca teve um cargo público, para gerenciar os 48 bilhões de dólares da pasta — o próprio Carson chegou a dizer que “sua vida não o havia preparado para ser um secretário”. Ex-rival de Trump, o médico concorreu nas primárias republicanas, mas desistiu de tentar se candidatar à Presidência e, desde então, é um conselheiro próximo a Trump.