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Cármen Lúcia é eleita presidente do STF e Toffoli vice

Ela será a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie


	STF: ela será a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

STF: ela será a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 17h20.

Brasília - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeram no início da tarde desta quarta-feira, 10, a ministra Cármen Lúcia para presidir a Corte pelos próximos dois anos.

A presidência de Ricardo Lewandowski se encerra daqui a um mês, no dia 10 de setembro. O plenário do Supremo elegeu também o ministro Dias Toffoli para vice-presidente do Tribunal no próximo biênio.

A posse dos novos presidente e vice-presidente acontecerá no dia 12 de setembro. A eleição foi rápida e protocolar, já que a Corte tem tradição de escolher o ministro com mais tempo de casa que ainda não presidiu o Tribunal. Cármen presidirá o STF até 2018.

Mineira, Cármen foi indicada ao Tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais.

Ela será a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira mulher a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte.

No último ano, Cármen Lúcia se destacou por declarações fortes em julgamentos importantes do Tribunal.

Quando a segunda turma da Corte decidiu pela prisão do senador Delcídio Amaral (ex-PT), acusado de obstruir investigações da Operação Lava Jato, Cármen fez discurso incisivo: "Criminosos não passarão". Como relatora do processo que decidiu que biografias podem veicular informações sem autorização prévia dos biografados, também ganhou notoriedade: "Cala a boca já morreu, quem disse foi a Constituição", afirmou na sessão de julgamento.

Como praxe, os ministros marcam o voto em cédulas e o integrante que chegou ao Tribunal há menos tempo, no caso Luiz Edson Fachin, faz o escrutínio e anuncia o resultado.

O vice-presidente do STF nos próximos dois anos, Dias Toffoli, também foi indicado ao Tribunal por Lula. Toffoli foi Advogado-Geral da União no governo do petista, até ser indicado à Corte. Tradicionalmente, o vice-presidente divide com o presidente o período do plantão nos meses de recesso do judiciário.

Toffoli presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições presidenciais de 2014.

Tido como um dos integrantes do STF mais próximos ao PT, Toffoli desagradou a sigla e o Palácio do Planalto durante o governo Dilma ao se aproximar do ministro Gilmar Mendes, tido como um dos mais críticos aos governos petistas.

O decano do Tribunal, ministro Celso de Mello, saudou a eleição dos novos presidente e vice-presidente. "Cumpre-se neste momento uma tradição que tem prevalecido ao longo de muitas décadas nesta Corte Suprema", afirmou o decano.

Ele destacou que Cármen e Toffoli enfrentarão "muitos desafios" e que o STF "não renunciará ao desempenho de sempre, ao desempenho imparcial da jurisdição".

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