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Carlos publica suposto áudio que autorizou entrada de Élcio em condomínio

De acordo com reportagem, suspeito do assassinato de Marielle Franco foi a condomínio dizendo que visitaria Bolsonaro, mas se encontrou com outro acusado

Carlos Bolsonaro: filho do presidente mora no mesmo condomínio dos fatos citados (Caio César/CMRJ/Agência Brasil)

Carlos Bolsonaro: filho do presidente mora no mesmo condomínio dos fatos citados (Caio César/CMRJ/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2019 às 14h53.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) publicou em suas redes sociais um vídeo no qual alega ter acessado o arquivo de ligações realizadas na portaria de seu condomínio no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi assassinada. De acordo com a gravação postada por ele, não há nenhum registro de chamada realizada para casa 58, de propriedade do presidente Jair Bolsonaro.

Em uma reportagem exibida na noite desta terça-feira, 29, o Jornal Nacional, da TV Globo, afirmou ter acessado o depoimento de um porteiro do condomínio onde moram Carlos Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle. O funcionário estava de plantão na data em que a vereadora foi assassinada e afirmou à polícia que Élcio Queiroz, motorista que dirigia o carro de onde Lessa disparou os tiros, foi ao local após ter sua entrada autorizada por alguém da casa 58, a quem identificou como o "seu Jair".

Na gravação, Carlos exibe uma relação de arquivos de áudio, o qual alega serem referentes às ligações realizadas pela portaria do prédio e afirma que a chamada citada pelo porteiro no depoimento foi feita às 17h13 para a casa 65, de Ronnie Lessa, e não a 58, de Jair Bolsonaro.

O vereador não explicou como teve acesso à provas, mas reafirmou que as investigações do caso Marielle correm sob segredo de Justiça.

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