Cardozo se diz convicto de que não houve pagamento ilegal
A investigação tem como um dos focos o recebimento de valores por Santana em 2014, ano da campanha à reeleição de Dilma
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 15h31.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ter "absoluta convicção" de que a campanha eleitoral que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014 não recebeu "em nenhum momento" verbas "não contabilizadas".
"Que se apure, que se investigue. Tenho absoluta convicção de que na campanha na presidente Dilma não houve situação nenhuma de pagamentos ilegais. Já tem vários processos e as contas foram aprovadas, tudo absolutamente regular", afirmou o ministro.
Nesta sexta-feira, 12, o jornal Folha de S.Paulo revelou que investigadores da Lava Jato apuram pagamentos atribuídos a subsidárias da Odebrecht em contas no exterior controladas pelo marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT desde 2006.
A investigação tem como um dos focos o recebimento de valores por Santana em 2014, ano da campanha à reeleição de Dilma.
"Eu acompanhei como militante e pessoa que se empenhou para a reeleição da presidente Dilma. A orientação era muito clara da presidente.
Eu vi nas reuniões que participei, tenho absoluta segurança em afirmar que não creio que tenha havido (recebimento de dinheiro de forma irregular)", afirmou Cardozo.
Ele criticou "especulações" sobre fatos investigados e minimizou o impacto das revelações na imagem do governo.
"Em relação a danos políticos, tenho convicção de que se há uma coisa que não se pode negar em relação ao atual governo é a garantia de autonomia das investigações.
O governo da presidente Dilma Rousseff não interfere nas investigações, garante autonomia", disse.
O ministro disse não ver elementos "substanciais" na suposta relação entre a campanha da presidente Dilma Rousseff e práticas ilícitas.
Em mensagem apreendida pela PF, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, fazia menção a uma suposta conta na Suíça e risco de "chegar na campanha dela".
"Não vejo elemento substancial. Uma mensagem lateralmente feita em que nomes não são citados. Não posso dar dimensão de ser uma prova", disse Cardozo.
Na sequência, o ministro afirmou que o uso ou não deste indício fica a cargo dos investigadores da Lava Jato.
De acordo com ele, será aberto um inquérito policial caso se verifique que houve vazamento ilegal das informações sobre a apuração que envolve o marqueteiro João Santana.
Lula
Cardozo reiterou que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de investigação, como um "grande líder" e que no plano político há "muitos interesses de setores da oposição" em atingir a imagem do petista.
O ministro destacou, no entanto, que essa não é uma avaliação sobre o curso das investigações.
"Eu não comentaria dados concretos de investigação. As investigações têm que ser feitas com autonomia", disse.
De acordo com ele, setores da oposição tentam "maximizar situações" com relação ao ex-presidente Lula. "Há uma luta política em torno disso", afirmou o ministro.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em primeiro grau, autorizou a abertura de um inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente.
Investigadores da Lava Jato suspeitam que empreiteiras e investigados tenham realizado obras na propriedade.
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ter "absoluta convicção" de que a campanha eleitoral que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014 não recebeu "em nenhum momento" verbas "não contabilizadas".
"Que se apure, que se investigue. Tenho absoluta convicção de que na campanha na presidente Dilma não houve situação nenhuma de pagamentos ilegais. Já tem vários processos e as contas foram aprovadas, tudo absolutamente regular", afirmou o ministro.
Nesta sexta-feira, 12, o jornal Folha de S.Paulo revelou que investigadores da Lava Jato apuram pagamentos atribuídos a subsidárias da Odebrecht em contas no exterior controladas pelo marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais do PT desde 2006.
A investigação tem como um dos focos o recebimento de valores por Santana em 2014, ano da campanha à reeleição de Dilma.
"Eu acompanhei como militante e pessoa que se empenhou para a reeleição da presidente Dilma. A orientação era muito clara da presidente.
Eu vi nas reuniões que participei, tenho absoluta segurança em afirmar que não creio que tenha havido (recebimento de dinheiro de forma irregular)", afirmou Cardozo.
Ele criticou "especulações" sobre fatos investigados e minimizou o impacto das revelações na imagem do governo.
"Em relação a danos políticos, tenho convicção de que se há uma coisa que não se pode negar em relação ao atual governo é a garantia de autonomia das investigações.
O governo da presidente Dilma Rousseff não interfere nas investigações, garante autonomia", disse.
O ministro disse não ver elementos "substanciais" na suposta relação entre a campanha da presidente Dilma Rousseff e práticas ilícitas.
Em mensagem apreendida pela PF, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, fazia menção a uma suposta conta na Suíça e risco de "chegar na campanha dela".
"Não vejo elemento substancial. Uma mensagem lateralmente feita em que nomes não são citados. Não posso dar dimensão de ser uma prova", disse Cardozo.
Na sequência, o ministro afirmou que o uso ou não deste indício fica a cargo dos investigadores da Lava Jato.
De acordo com ele, será aberto um inquérito policial caso se verifique que houve vazamento ilegal das informações sobre a apuração que envolve o marqueteiro João Santana.
Lula
Cardozo reiterou que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de investigação, como um "grande líder" e que no plano político há "muitos interesses de setores da oposição" em atingir a imagem do petista.
O ministro destacou, no entanto, que essa não é uma avaliação sobre o curso das investigações.
"Eu não comentaria dados concretos de investigação. As investigações têm que ser feitas com autonomia", disse.
De acordo com ele, setores da oposição tentam "maximizar situações" com relação ao ex-presidente Lula. "Há uma luta política em torno disso", afirmou o ministro.
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em primeiro grau, autorizou a abertura de um inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente.
Investigadores da Lava Jato suspeitam que empreiteiras e investigados tenham realizado obras na propriedade.