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Cardozo quer discutir proteção de fronteiras com Jobim

José Eduardo Cardozo, terá uma reunião com o titular da Defesa, Nelson Jobim, para discutir reforço no policiamento das fronteiras

O ministro da Defesa, Nelson Jobim deve se encontrar com o novo ministro da Justiça semana que vem (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 18h57.

Brasília - Uma das primeiras iniciativas do futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na próxima semana, será uma reunião com o titular da Defesa, Nelson Jobim, para discutir o reforço no policiamento das fronteiras e medidas para dar celeridade a acordos de cooperação com os países vizinhos. A redução da vulnerabilidade dessas áreas é uma das prioridades do combate ao crime organizado, disse Cardozo.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que um estudo do governo detalhou as deficiências no combate ao contrabando e ao tráfico de drogas nessas localidades. "Se não tivermos integração de polícias e de políticas não conseguiremos combater de forma eficaz o crime organizado. Dificilmente se avança no combate ao crime organizado se não tiver aprofundamento na relação com países de fronteira", afirmou hoje o futuro ministro.

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Em entrevista realizada hoje, Cardozo deixou clara a preocupação em criar uma política conjunta de combate ao crime com os países vizinhos. "Já está havendo entendimentos e acordos e a ideia é agilizá-los e aprofundá-los", informou.

Documentos do governo norte-americano vazados pelo site WikiLeaks apontaram o Brasil como ponto fundamental na rota mundial do tráfico. "A nossa preocupação não é só com a fronteira com a Bolívia, mas com todas as fronteiras", disse Cardozo, que assume o cargo no domingo.

Ele elogiou o atual ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que voltará para a secretaria-executiva da pasta, e prometeu intensificar as ações de vigilância e combate ao crime na faixa de fronteira, que se estende por 15.719 quilômetros de 11 Estados.

O estudo sobre a vulnerabilidade das fronteiras, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propõe uma série de medidas, desde o reforço no efetivo policial até a criação de gratificações extras para estimular o trabalho nessas áreas.

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