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Cardozo nega ter ajudado Dilma a interferir na Lava Jato

Para Cardozo, se Delcídio fez mesmo uma delação premiada “a possibilidade de mais uma vez ter faltado com a verdade é grande”


	Cardozo e Dilma: “A postura sempre foi a mesma que tive com a Polícia Federal, de independência de apuração e independência de julgamento"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Cardozo e Dilma: “A postura sempre foi a mesma que tive com a Polícia Federal, de independência de apuração e independência de julgamento" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 12h57.

O ministro José Eduardo Cardozo negou acusação publicada no site da revista IstoÉ, atribuída à suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), segundo a qual Cardozo teria ajudado a presidente Dilma Rousseff em tentativas de interferir na operação Lava Jato e na indicação de ministros de tribunais superiores para favorecer a liberação de acusados presos.

“Jamais. A postura sempre foi a mesma que tive com a Polícia Federal, de independência de apuração e independência de julgamento", disse a jornalistas Cardozo após tomar posse como ministro Advocacia-Geral da União (AGU). "Aliás, os réus estão presos, que articulação é essa?”.

Para Cardozo, se Delcídio fez mesmo uma delação premiada, como noticiou a mídia nesta quinta-feira, “a possibilidade de mais uma vez ter faltado com a verdade é grande”.

“O senador Delcídio, lamentavelmente, depois de todos os episódios não tem credibilidade para fazer nenhuma afirmação”, disse Cardozo, que era ministro da Justiça antes de assumir a AGU.

Presente à posse de Cardozo, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse não acreditar que Delcídio tenha feito as acusações.

“Não acredito que ele tenha dito isso. E se disse, não é verdade. Ele é uma pessoa que não teve condições de pedir coisas nem para ele, teria condições de pedir em nome de terceiros?", disse Teixeira, rejeitando relatos da suposta delação premiada envolvendo Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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