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Caos no Porto de Santos tende a se agravar, diz AEB

O caos logístico de meados de março, com o início dos embarques da safra recorde de soja, tende a se agravar entre maio e junho, segundo o presidente da AEB

Soja:  "O problema foi observado com o embarque da parcela menor da soja, imagina quando coincidir o restante da safra com as safras de açúcar e milho", avaliou o presidente da EAB, José Augusto de Castro. (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 16h32.

São Paulo - O caos logístico observado nos arredores do Porto de Santos (SP) em meados de março, com o início dos embarques da safra recorde de soja, tende a se agravar entre maio e junho, na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

"O problema foi observado com o embarque da parcela menor da soja, imagina quando coincidir o restante da safra com as safras de açúcar e milho", sugeriu, sinalizando que a dificuldade de março foi "virtual" e se transformará em "real" entre maio e junho.

De acordo com Castro, uma eventual queda das cotações das commodities e a manutenção dos atuais patamares de custo logístico farão com que o País perca competitividade.

"Hoje, o cenário é cômodo, enquanto as cotações atuais estiverem elevadas, mas se voltarmos às condições de 2000, o País quebra", disse, durante apresentação na conferência Infraportos, que se realiza paralelamente à feira Intermodal, em São Paulo. Ele lembrou que às cotações de soja, açúcar e minério dão sinais de terem entrado em viés de baixa.

"A soja chegou a US$ 580-US$ 590 a tonelada, hoje está em US$ 530 e devem cair quando a começar a safra nos Estados Unidos", disse. Castro também alertou que os custos logísticos elevados e a ineficiência operacional afastam o Brasil da globalização e inibem a atração de investimentos.

O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, também avaliou que o País precisa melhorar a infraestrutura portuária para elevar os padrões de competitividade do País. Segundo Brito, um ambiente regulatório com regras claras e duradouras, além da redução da burocracia, são condições para a atração de investimentos.

"Leva-se 5,7 dias para liberar uma carga no Brasil, em relação a um dia em países mais avançados e dois nos países asiáticos. Isso não é condizente com o que queremos", disse.

"A fatura desse custo vai para a carga, o usuário, o exportador, o importador", acrescentou. Ele defendeu o desenvolvimento de rotas alternativas de escoamento, mais baratas e "mais compatíveis" com a questão ambiental, por exemplo, usando os Portos Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA) para o embarque de soja.

Também salientou a necessidade de investimentos em armazenagem, uma vez que o país hoje tem capacidade para armazenar apenas 30% da safra anual. "Nos Estados Unidos, a capacidade é de dois anos de safra", comparou.

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São Paulo - O caos logístico observado nos arredores do Porto de Santos (SP) em meados de março, com o início dos embarques da safra recorde de soja, tende a se agravar entre maio e junho, na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

"O problema foi observado com o embarque da parcela menor da soja, imagina quando coincidir o restante da safra com as safras de açúcar e milho", sugeriu, sinalizando que a dificuldade de março foi "virtual" e se transformará em "real" entre maio e junho.

De acordo com Castro, uma eventual queda das cotações das commodities e a manutenção dos atuais patamares de custo logístico farão com que o País perca competitividade.

"Hoje, o cenário é cômodo, enquanto as cotações atuais estiverem elevadas, mas se voltarmos às condições de 2000, o País quebra", disse, durante apresentação na conferência Infraportos, que se realiza paralelamente à feira Intermodal, em São Paulo. Ele lembrou que às cotações de soja, açúcar e minério dão sinais de terem entrado em viés de baixa.

"A soja chegou a US$ 580-US$ 590 a tonelada, hoje está em US$ 530 e devem cair quando a começar a safra nos Estados Unidos", disse. Castro também alertou que os custos logísticos elevados e a ineficiência operacional afastam o Brasil da globalização e inibem a atração de investimentos.

O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, também avaliou que o País precisa melhorar a infraestrutura portuária para elevar os padrões de competitividade do País. Segundo Brito, um ambiente regulatório com regras claras e duradouras, além da redução da burocracia, são condições para a atração de investimentos.

"Leva-se 5,7 dias para liberar uma carga no Brasil, em relação a um dia em países mais avançados e dois nos países asiáticos. Isso não é condizente com o que queremos", disse.

"A fatura desse custo vai para a carga, o usuário, o exportador, o importador", acrescentou. Ele defendeu o desenvolvimento de rotas alternativas de escoamento, mais baratas e "mais compatíveis" com a questão ambiental, por exemplo, usando os Portos Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA) para o embarque de soja.

Também salientou a necessidade de investimentos em armazenagem, uma vez que o país hoje tem capacidade para armazenar apenas 30% da safra anual. "Nos Estados Unidos, a capacidade é de dois anos de safra", comparou.

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