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Cantareira tem estoque maior que o registrado há um ano

Hoje o sistema acumula 163,8 bilhões de litros, de acordo com a Sabesp


	Cantareira: No mesmo dia do ano passado, o reservatório tinha 161,6 bilhões de litros e 12,8% da capacidade
 (Vagner Campos/ A2 FOTOGRAFIA/Fotos Públicas)

Cantareira: No mesmo dia do ano passado, o reservatório tinha 161,6 bilhões de litros e 12,8% da capacidade (Vagner Campos/ A2 FOTOGRAFIA/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 19h52.

São Paulo - O estoque de água no Sistema Cantareira está maior, pela primeira vez, que o registrado há um ano. Hoje (7), o sistema acumula 163,8 bilhões de litros, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O cálculo considera as duas cotas do volume morto. A capacidade de armazenamento corresponde a 12,6%. No mesmo dia do ano passado, o reservatório tinha 161,6 bilhões de litros e 12,8% da capacidade.

Apesar do aumento no estoque, a crise hídrica ainda não está superada, segundo o professor de Ciências Ambientais e o coordenador do Programa de Análise Ambiental Integrada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Décio Semensatto.

“Dentro do contexto de uma crise que está longe de acabar, esse número é quase uma barreira psicológica. Mostra que neste exato momento estamos na mesma situação do ano passado e passamos um ano de 2015 ainda bastante difícil. Claro que estamos entrando em período chuvoso, mas não existe prognóstico de chuvas acima da média. A perspectiva é de um 2016 com crise, e necessidade do estado e da população para a conservação e economia da água”, disse o especialista.

De acordo com Semensatto, o nível do sistema deve subir nas próximas semanas, pois “a chuva de setembro ainda está fluindo para os reservatórios”, porém o volume de chuvas do mês passado deve abastecer metade do reservatório em comparação ao mesmo período de 2014.

“Choveu, mas a produção está aquém da necessidade, porque tivemos um período muito seco. Em setembro, a produção foi 60% do registrado em setembro do ano passado. E menos da metade dos anos anteriores”.

O especialista disse que não há perspectiva de volume de chuvas acima da média no verão, apesar da formação do fenômeno climático El Niño.

“O El Niño provoca chuva intensa no Sul e seca no Nordeste. No Sudeste, a tendência é a de que não haja chuva acima da média no próximo verão. Mas as características diferentes desse El Niño podem mexer na nossa previsão”.

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