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Candidatos tiveram acesso à prova antes do Enem, diz delegada

Um dos inscritos foi preso em flagrante com um ponto eletrônico e o texto da redação pronto para ser transcrito

Enem: "essa prova foi vazada de alguma forma e, não sabemos como ainda, mas os gabaritos chegaram a candidatos antes mesmo de o exame iniciar", disse delegada (Agência PT/Divulgação)

Enem: "essa prova foi vazada de alguma forma e, não sabemos como ainda, mas os gabaritos chegaram a candidatos antes mesmo de o exame iniciar", disse delegada (Agência PT/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 18h44.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 21h07.

Candidatos presos pela Polícia Federal tiveram acesso ao conteúdo da prova antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ser aplicado. Um dos inscritos foi preso em flagrante com um ponto eletrônico e o texto da redação pronto para ser transcrito.

De acordo com a delegada da Polícia Federal Fernanda Coutinho, coordenadora regional do Enem no Ceará, o candidato de 34 anos "já tinha tido acesso ao gabarito da prova e ao tema da redação antes mesmo do início das provas”.

"O coordenador de provas pediu para que ele se retirasse da sala. Passaram o detector de metais nele e, ao identificar a existência do ponto eletrônico, os policiais deram voz de prisão. Mas a gente fez tudo de forma discreta, para que os demais candidatos não se desconcentrassem", segundo o UOL.

As investigações da PF indicam que o gabarito chegou no celular do candidato por volta de 11h, 11h30. A delegada afirmou ainda que a PF já sabia que o candidato ia fraudar a prova.

"Essa prova foi vazada de alguma forma e, não sabemos como ainda, mas os gabaritos chegaram a candidatos antes mesmo de o exame iniciar, isso é fato”, disse a delegada, segundo o G1.

A PF prendeu 14 pessoas, em duas operações feitas para combater fraudes no Enem em oito estados: Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará. São investigados casos em que os candidatos teriam acesso ao gabarito da prova e um esquema de pontos eletrônicos para transmissão do gabarito.

De acordo com o G1, em Minas Gerais uma quadrilha cobrava até R$ 180 mil, a depender da universidade que o estudante desejava entrar, para passar o gabarito.

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