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Campos pretende criar fundo para segurança pública

Segundo candidato, recursos ajudarão Estados e municípios a contratar mais pessoal, a valorizar salários de acordo com desempenho e a comprar equipamentos

Campos: "Assumimos o compromisso (...) para que o dinheiro de Brasília chegue aos Estados e aos municípios" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 15h02.

São Paulo - O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos , anunciou na tarde desta sexta-feira, 8, em Arapiraca (AL), que pretende criar um Fundo Nacional de Segurança Pública, se eleito.

"Assumimos o compromisso de constituir o Fundo Nacional de Segurança Pública para que o dinheiro de Brasília chegue aos Estados e aos municípios, para financiar uma nova segurança", afirmou em discurso para empresários, comerciantes e agricultores da cidade.

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Segundo o candidato, os recursos do governo federal ajudarão Estados e municípios a contratar mais pessoal, a valorizar salários de acordo com desempenho e a comprar equipamentos e sistemas de tecnologia da informação.

Questionado por jornalistas sobre de onde virão os recursos para o fundo, respondeu: "Hoje tem recursos, desde a aposta na loteria esportiva a outros tributos, que ficam contingenciados e são desviados para outras finalidades. Nós vamos respeitar a finalidade desses fundos e colocar em um fundo nacional que irá ajudar os municípios e Estados a remunerar melhor o pessoal na área de segurança e premiar soluções exitosas."

O anúncio foi feito em Alagoas, que é o Estado brasileiro com maior índice de homicídios, segundo o Mapa da Violência 2014. "Pernambuco já foi esse Estado, reverteu essa posição nos sete anos em que governei", disse Campos. "Muita gente vê, no jornal da televisão, o conflito lastimável na Faixa de Gaza e fica chocado e é pra chocar mesmo. Mas a gente precisa lembrar que, no Brasil, tem muitas Faixas de Gaza, morrendo os filhos dos pobres."

Campos voltou a criticar a política de segurança do governo da presidente Dilma Rousseff, ao citar o corte de 3 mil postos na Polícia Federal. "As fronteiras estão escancaradas para a droga entrar na hora que quiser e destruir famílias, destruir vidas", disse o candidato.

Ele também criticou a postura de assistência emergencial oferecida pelo governo federal em casos extremos. "Não adianta mandar, de vez em quando, avião com alguns policiais da chamada Força Nacional, passar 60 dias e ir embora. Segurança tem que ser permanente, 365 dias no ano, não pode ser quando tem Copa do Mundo." O candidato voltou a citar também o programa de segurança "Pacto Pela Vida", que implantou em Pernambuco levando à queda de índices de criminalidade e que foi premiado pela ONU.

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