Eduardo Campos (PSB-PE): candidato disse que está "completamente tranquilo" e que acredita que as acusações contra o irmão do ex-ministro não afetarão sua campanha (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2014 às 21h10.
Campinas - O pré-candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos defendeu na noite desta quarta-feira em Campinas punição severa para o irmão do ex-ministro e candidato ao Senado pelo partido Fernando Bezerra, Clementino de Souza Coelho, caso seja provado seu envolvimento com movimentações financeiras irregulares envolvendo o doleiro Alberto Yousseff.
Campos disse que está "completamente tranquilo" e que acredita que as acusações contra o irmão do ex-ministro não afetarão sua campanha. "Não se trata do Fernando Bezerra, trata-se do irmão dele", afirmou Campos durante seu primeiro ato na peregrinação que fará pelo País como pré-candidato.
Campinas é a maior cidade paulista governada pelo PSB. Ao lado do prefeito local, Jonas Donizette (PSB), Campos teve que abrir sua entrevista coletiva respondendo sobre as acusações contra o irmão de Bezerra.
"Essa pessoa, que é parente de um filiado do PSB, ela deve prestar todos esclarecimentos. Ele não tem nenhum envolvimento com o PSB. Se e ele fez algo errado, ele tem que ser punido como qualquer outro."
O ex-governador de Pernambuco, ligado politicamente a Bezerra, que ocupou cargo de ministro no governo Dilma Rousseff, negou qualquer relação entre a indicação de Bezerra e Coelho.
"O irmão dele estava lá (no governo federal) desde 2003, no primeiro governo do presidente Lula, quando ele estava no PPS. Quando ele (Bezerra) chegou, o irmão teve que sair por força da legislação brasileira", explicou Campos. Segundo ele, Bezerra era prefeito em 2003 e Coelho foi candidato a deputado, perdeu e acabou convocado para a Codevasf.
Campos argumentou que foi o PSB que viabilizou a CPI que investigará a Petrobras e o doleiro Yousseff e que, por isso, exigirá apurações. "O PSB foi o partido que viabilizou a CPI. Nós fizemos isso exatamente para que a sociedade possa ver tudo apurado doa a quem doer toque que tocar. A lei é para todos." "Eu quero que a Polícia Federal apure, que o Ministério Público apure e que a Justiça julgue. Se ele (Coelho) tiver culpa, ele tem que ser punido severamente", afirmou Campos.