Campanha de Dilma pede retirada de vídeo do YouTube
Vídeo mostra o ex-presidente Lula declarando apoio à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 18h22.
Brasília - O presidente do PT , Rui Falcão, anunciou nesta quinta-feira medidas judiciais e administrativas para retirar do ar um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece declarando apoio à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva.
A gravação divulgada na internet é uma montagem com base em um depoimento em que Lula pede votos para a deputada federal Marina Santanna, candidata do PT ao Senado em Goiás.
O vídeo fraudado traz o logo oficial da campanha de Marina Silva ao Palácio do Planalto e o sobrenome da candidata petista ao Senado é suprimido, dando a entender que o ex-presidente estaria pedindo apoio à adversária da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial.
"Temos uma candidata ao Senado, a deputada federal Marina Santanna, que recebeu, como é natural, uma gravação de apoio do presidente Lula", disse Falcão.
"É uma montagem fraudada, que suprime o sobrenome (da candidata petista) e coloca apenas o presidente Lula apoiando Marina', como se fosse a candidata do PSB", concluiu. Ele não atribuiu a autoria do vídeo ao PSB ou a Marina Silva.
De acordo com ele, já foi enviado um pedido administrativo ao Google para retirar a peça do YouTube.
Será encaminhada ainda à Justiça Eleitoral uma representação por propaganda eleitoral irregular que, de acordo com Falcão, "pode induzir o eleitor a erro".
Também será pedido ao Ministério Público Eleitoral a instauração de um inquérito criminal para apurar as práticas de "falsidade ideológica de cunho eleitoral" e para identificar os responsáveis.
O presidente do PT disse que, mais adiante, a coligação vai entrar com uma ação cível para retirar o vídeo do ar.
"Ele viola o direito autoral e o direito de imagem (de Lula). Continuaremos na nossa linha de, nas nossas redes sociais, não nos valermos de fraudes e adulteração", declarou o petista.
O coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flávio Caetano, classificou a gravação modificada de "absolutamente fraudulenta e criminosa".
Por último, Falcão disse que o PT não estuda pedir investigação sobre a origem dos recursos para a compra do jatinho usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo na semana retrasada em Santos (SP).
Veja o vídeo:
//www.youtube.com/embed/DcbQwotkzdk