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Caminhoneiros planejam paralisação a partir de segunda-feira

Associação Brasileira de Caminhoneiros cobra do governo federal medidas para mitigar o impacto do aumento do diesel, como a isenção de tributos

Caminhoneiros: segundo associação, eles vêm sofrendo com aos aumentos sucessivos no diesel (Valter Campanato/ Agência Brasil/Agência Brasil)
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Agência Brasil

Publicado em 18 de maio de 2018 às 18h56.

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) convocou paralisação geral nacional a partir da próxima segunda-feira (21). A entidade cobra do governo federal medidas para mitigar o impacto do aumento do diesel, como a isenção de tributos.

O anúncio foi feito hoje (18) em nota após o governo federal não atender às demandas apresentadas.

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"O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos combustíveis realizada pela Petrobras , que dificulta a previsão dos custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o valor do frete em níveis satisfatórios", diz o comunicado.

No início da semana, a ABCam enviou ofício ao governo federal. Nele, apontou que os caminhoneiros vêm sofrendo com aos aumentos sucessivos no diesel , o que tem gerado aumento de custos para a atividade de transporte.

Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do negócio. Citando dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a organização afirma que 43% do preço do diesel na refinaria vem do ICMS, PIS, Cofins e Cide.

No documento, a entidade reivindicou a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel, que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo de Amparo ao Transportador Autônomo.

No ofício, a entidade estabeleceu o prazo até hoje, às 18h, para receber uma resposta do governo. Como não houve retorno, anunciou a paralisação a partir das 6h do dia 21. Procurada pela Agência Brasil, a Casa Civil da Presidência da República respondeu que "o governo recebeu o ofício e mantém diálogo com os representantes da associação", mas não detalhou se atenderia às demandas apresentadas ou se adotaria alguma medida sobre o tema.

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