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Caminhoneiros bloqueiam rota de escoamento de soja em MT

É o quarto dia consecutivo de manifestações de caminhoneiros, que reclamam dos baixos preços pagos pelos fretes

Mato Grosso: a manifestação ocorre no momento de aceleração da colheita e do escoamento de uma safra recorde de soja no Estado (Divulgação/ CNT)
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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 21h10.

São Paulo - Caminhoneiros têm bloqueado nesta segunda-feira as duas faixas da BR-163 no município de Nova Mutum, em Mato Grosso , na direção Cuiabá, interrompendo uma artéria vital para o escoamento da nova safra de soja do Estado, informou nesta segunda-feira a concessionária Rota do Oeste.

"Os manifestantes bloqueiam a passagem de veículos de carga e permitem a passagem de ambulâncias, veículos de passeio, veículos com cargas perecíveis e carretas-tanque. Não há registro de congestionamento nos pontos", disse a concessionária.

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É o quarto dia consecutivo de manifestações de caminhoneiros, que reclamam dos baixos preços pagos pelos fretes.

Segundo a Rota do Oeste, continuam outros bloqueios iniciados mais cedo. A BR-163, na saída de Rondonópolis para Mato Grosso do Sul, está bloqueada em uma faixa de cada sentido da pista duplicada.

Na BR-364, saída de Rondonópolis para Cuiabá, foi bloqueada uma faixa da pista duplicada em três pontos diferentes.

A manifestação ocorre no momento de aceleração da colheita e do escoamento de uma safra recorde de soja no Estado.

"O impacto é total. Cada dia que atrasa aqui (em Nova Mutum), são 10 a 15 mil toneladas que não saem", disse o executivo comercial de uma trading multinacional que atua na região.

A BR-163 é a principal rota de transporte da produção de grãos de Mato Grosso. No sentido sul, ela é o principal caminho rumo aos portos de Santos e Paranaguá, por exemplo.

No sentido norte, no qual ainda não há registro de bloqueios, a rodovia dá acesso aos portos da bacia amazônica, como os novos terminais de transbordo no distrito de Miritituba, no Pará.

Mato Grosso está começando a colher uma safra recorde de cerca de 30 milhões de toneladas de soja e os trabalhos no campo deverão ganhar bastante intensidade até o fim de janeiro.

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