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Câmara sugere criação de força-tarefa para investigar massacre

Em nota, deputado disse que a comissão vai pedir que o CNJ e o CNDH façam diligências em todas as unidades do sistema penitenciário de Manaus

Câmara: equipe deve ser composta pelo Ministério Público do Amazonas e a Procuradoria Geral da República (Wilson Dias/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 19h42.

Brasília - O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara , deputado Padre João (PT-MG), sugeriu nesta terça-feira, 3, a criação de uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Amazonas e a Procuradoria Geral da República para investigar o massacre de presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que deixou 56 mortos entre a tarde do domingo, 1º, e a madrugada da segunda-feira, 2.

Em nota publicada na tarde desta terça-feira, 3, o deputado disse que a comissão vai pedir que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) façam diligências em todas as unidades do sistema penitenciário de Manaus.

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O presidente da comissão também vai solicitar ao Tribunal de Justiça do Amazonas e à Defensoria Pública do Estado que promovam um mutirão para verificar a situação processual dos presos nas unidades penitenciárias.

Padre João sugeriu que a interdição do local para recebimento de presos da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoal seja mantida, e que a área seja transformada em equipamento cultural. Os parlamentares estão em recesso até o começo de fevereiro.

No retorno das férias, o deputado vai propor a realização de audiência pública com representantes do Ministério da Justiça, do governo amazonense, da Pastoral Carcerária e do Ministério Público sobre as causas do massacre, considerado o segundo maior da história brasileira, ficando atrás apenas dos 111 mortos do Carandiru, em 1992.

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