Câmara do DF faz sessão para conscientização do autismo
Parentes e professores de autistas falaram de suas experiências com filhos e das dificuldades e carências que ainda existem na rede pública para receber esses alunos
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 16h34.
Brasília - Mães, representantes de associações e professores de escolas públicas do Distrito Federal participaram hoje (2) da sessão solene na Câmara Legislativa em comemoração ao Dia Internacional da Conscientização do Autismo. Durante a solenidade, parentes e professores de autistas falaram de suas experiências com filhos e das dificuldades e carências que ainda existem na rede pública para receber esses alunos.
Para a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção (Abraci), Lucinete Andrade, o autismo merece atenção todos os dias do ano. “Hoje é um dia que todos se conscientizam. O autismo vai estar em alta, vai ter seus 30 minutos de fama. Nosso dia, porém, é completo de ausência total, seja na parte de educação, seja na de saúde”.
Célia Sadako, diretora de atenção ao autista adulto do Movimento do Orgulho Autista no Brasil (Moabi) e mãe do Otávio de 22 anos, disse que o número de autistas no mundo vem crescendo. Segundo ela, no Brasil existam 12 milhões de autistas e há muito a fazer. “A sociedade é preconceituosa, não sabe o que é o autismo, 70% dos autistas têm um retardo mental e no DF eles são carentes. Eles precisam de tratamento intensivo”.
O projeto de capoeira Vamos Começar a Brincadeira atende a crianças do Centro de Ensino Especial nº1, de Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal. Para a professora Ângela Amoras o trabalho com a capoeira envolve “todo o potencial educativo, a musicalidade, o movimento, a interação, a autoestima, a exploração de possibilidades de movimentos”.
Segundo a professora, o projeto existe desde 2006 e se expande à medida que os alunos manifestam um movimento e quando os orientadores têm retorno, seja pelo depoimento dos pais ou dos próprios alunos. “A gente percebe a alegria e a interação dentro da escola. A capeira tem um potencial educativo maravilhoso”.
A dona de casa Vera Cristina Duarte, mãe do Felipe adotou um autista de 32 anos, filho de uma amiga que morreu. “Estou esperando que ele me adote, que queira ficar comigo. A minha luta é essa”. Vera disse que a solenidade é importante para dar visibilidade ao autismo. “A minha luta já dura 28 anos. Antes, era muito difícil falar do autismo, mas hoje a gente vê que a causa já está sendo abraçada”. Segundo ela, cada dia é uma descoberta: “quando ele resolve sorrir, dar carinho, é o dia em que ele resolve achar graça a vida [e aí nos sentimos compensados por] todos os dias difíceis”.
Brasília - Mães, representantes de associações e professores de escolas públicas do Distrito Federal participaram hoje (2) da sessão solene na Câmara Legislativa em comemoração ao Dia Internacional da Conscientização do Autismo. Durante a solenidade, parentes e professores de autistas falaram de suas experiências com filhos e das dificuldades e carências que ainda existem na rede pública para receber esses alunos.
Para a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção (Abraci), Lucinete Andrade, o autismo merece atenção todos os dias do ano. “Hoje é um dia que todos se conscientizam. O autismo vai estar em alta, vai ter seus 30 minutos de fama. Nosso dia, porém, é completo de ausência total, seja na parte de educação, seja na de saúde”.
Célia Sadako, diretora de atenção ao autista adulto do Movimento do Orgulho Autista no Brasil (Moabi) e mãe do Otávio de 22 anos, disse que o número de autistas no mundo vem crescendo. Segundo ela, no Brasil existam 12 milhões de autistas e há muito a fazer. “A sociedade é preconceituosa, não sabe o que é o autismo, 70% dos autistas têm um retardo mental e no DF eles são carentes. Eles precisam de tratamento intensivo”.
O projeto de capoeira Vamos Começar a Brincadeira atende a crianças do Centro de Ensino Especial nº1, de Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal. Para a professora Ângela Amoras o trabalho com a capoeira envolve “todo o potencial educativo, a musicalidade, o movimento, a interação, a autoestima, a exploração de possibilidades de movimentos”.
Segundo a professora, o projeto existe desde 2006 e se expande à medida que os alunos manifestam um movimento e quando os orientadores têm retorno, seja pelo depoimento dos pais ou dos próprios alunos. “A gente percebe a alegria e a interação dentro da escola. A capeira tem um potencial educativo maravilhoso”.
A dona de casa Vera Cristina Duarte, mãe do Felipe adotou um autista de 32 anos, filho de uma amiga que morreu. “Estou esperando que ele me adote, que queira ficar comigo. A minha luta é essa”. Vera disse que a solenidade é importante para dar visibilidade ao autismo. “A minha luta já dura 28 anos. Antes, era muito difícil falar do autismo, mas hoje a gente vê que a causa já está sendo abraçada”. Segundo ela, cada dia é uma descoberta: “quando ele resolve sorrir, dar carinho, é o dia em que ele resolve achar graça a vida [e aí nos sentimos compensados por] todos os dias difíceis”.