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Câmara deve tratar de impeachment a partir desta semana

Os deputados de oposição irão apresentar requerimentos ao presidente a Eduardo Cunha para que ele se posicione sobre os 13 pedidos de deposição

Cunha já avisou que pretende negar, se não todas, boa parte das ações exigindo o impeachment. (REUTERS/Bruno Domingos/Files)

Karla Mamona

Publicado em 12 de setembro de 2015 às 19h35.

São Paulo - Uma reportagem da Folha de S. Paulo afirma que a partir desta semana a Câmara dos Deputados deve começar a tratar formalmente o processo de impeachment de Dilma Rousseff .

Segundo o jornal, os deputados de oposição irão apresentar requerimentos ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele se posicione sobre os 13 pedidos de deposição.

A reportagem afirma ainda que Cunha já avisou que pretende negar, se não todas, boa parte das ações exigindo o impeachment.

“O roteiro dos defensores do afastamento é então apresentar recursos questionando uma das recusas de Cunha. Assim, o caso precisaria ser submetido ao plenário. Se for aprovado por maioria simples (257 deputados), o processo é deflagrado”, diz o jornal.

São Paulo – Do The New York Times ao Financial Times : nos últimos dias, uma série de publicações estrangeiras se colocaram contra a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff , que enfrenta uma severa crise de reputação e governabilidade no país. Para as publicações, tirar a petista do poder - sem argumentos contundentes- poderia colocar em risco a democracia nacional. Veja como gringos encaram a crise política do país.
  • 2. The New York Times - 17 de agosto de 2015

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    Em seu editorial, o jornal americano destaca a onda de corrupção que envolve executivos e políticos brasileiros e o pífio índice de popularidade da presidente Dilma Rousseff, dez meses após sua reeleição. Apesar da turbulência política, a publicação pondera que as instituições democráticas do país não perderam a sua força – afinal, foram executadas as prisões dos empreiteiros, ex-executivos da Petrobras e do presidente da Eletronuclear. O The New York Times afirma que, mesmo antes de se tornar presidente, Dilma não fez nenhum tipo de esforço para restringir as investigações contra a estatal. “Pelo contrário, ela tem enfatizado repetidamente que ninguém está acima de lei”.

    O artigo encerra dizendo que a solução não está em apostar em um plano que debilite a democracia do país - princípio essencial para um novo governo honesto. Por isso, para a publicação, sem provas concretas da participação de Dilma Rousseff em ações ilegais, a ideia de impeachment pode conspirar contra o sistema democrático nacional.
  • 3. Financial Times - 16 de agosto de 2015

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  • O jornal britânico abre o editorial com uma breve descrição sobre os escândalos de corrupção da Petrobras e de como a presidente poderia ser ao menos culpada de grande incompetência, já que muito do que foi descoberto aconteceu enquanto presidia o Conselho de Administração da estatal.

    O artigo recorda que as investigações, no entanto, ainda não encontraram fatos que pesem contra a presidente. Porém, mesmo diante da hipótese de que o avanço da Operação Lava Jato atinja Dilma Rousseff e haja argumentos sólidos para um pedido de impeachment, seria necessário o apoio de mais da metade do Congresso. “Esse suporte não existe, pois os políticos, que também são corruptos, estão relutantes para puxar o gatilho. Enquanto isso, o partido de centro-direita de oposição, PSDB, parece feliz em ver em agonia, a senhora Rousseff”. diz o texto.
  • 4. Rede CNN - 18 de agosto de 2015

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    A CNN analisa que os protestos deste domingo evidenciam uma certa ‘confusão’, pois os manifestantes pareciam em desacordo sobre o que protestar exatamente – alguns pediam a renúncia de Dilma, alguns o seu impeachment e outros, novas eleições.

    “A renúncia ou o impeachment de Dilma são cenários improváveis, e os protestos contra a presidente e o seu partido não oferecem soluções para o atual cenário de crise de corrupção ou para a continuidade dos problemas sociais e desigualdade econômica. O que os protestos destacam, porém, é a permanência de uma democracia vibrante no país”, encerra o artigo de opinião do veículo.
  • 5. Revista CS Monitor - 17 de agosto de 2015

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    A revista Christian Science Monitor diz que grandes protestos populares são, em sua maioria, elogiados e vistos como um sinal positivo no Brasil – que sofreu durante 21 anos com o um regime ditatorial.

    Porém, o artigo destaca que um novo impeachment pode enfraquecer a democracia do país. “A crescente pressão sobre Rousseff e sua aclamada destituição estão levantando preocupações sobre o potencial de agitação política e da força democrática do Brasil que vigora há 30 anos”, diz o texto. A revista também exalta o trabalho das principais instituições do Brasil - Polícia Federal e Ministério Público – que tem melhorado, segundo o texto.  “Mas uma tentativa de impeachment que não está fundamentada em irregularidades legais pode trazer consequências de longo prazo”, conclui.
  • 6. Bloomberg - 14 de agosto de 2015

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    A agência de notícias americana abre seu texto citando as ocorrências de corrupção e incompetência do governo brasileiro que, mais uma vez, coloca a população nas ruas e praças centrais de todo o país para protestar contra a presidente Dilma Rousseff.

    O texto não aponta ser favorável, ou não, ao impeachment. Porém, resgata questões sobre sua baixa popularidade, reeleição apertada e resultado negativo da economia. “Em 2015, a economia brasileira está prevista para deixar o seu pior desempenho em 25 anos em meio as ondas de corrupção envolvendo políticos e altos executivos”, afirma.
  • 7. Veja agora alguns números sobre o protesto deste domingo

    7 /7(Valéria Bretas/EXAME.com)

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