Rita Serrano: nova presidente tomou posse nesta tarde (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 19h25.
Última atualização em 12 de janeiro de 2023 às 19h48.
A nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano disse nesta quinta-feira, 12, aos funcionários do banco que vai iniciar estudos para voltar com a vice-presidência de Pessoas, e que convocará uma nova eleição para a vaga de representante dos empregados no conselho de administração do banco. Ela toma posse oficialmente nesta tarde, mas participou, mais cedo, de cerimônia institucional.
"Estamos estudando para retornar com a vice-presidência de pessoas, esse com certeza será o nosso principal objetivo", disse ela aos funcionários, em vídeo publicado em seu Instagram. Essa vice-presidência foi extinta na gestão de Daniella Marques, antecessora de Serrano, que assumiu após o antecessor, Pedro Guimarães, ser alvo de denúncias de assédio sexual.
Serrano disse ainda que estimulará a convocação da eleição de um novo representante dos empregados no conselho do banco. A vaga era ocupada por ela, que agora ocupará a cadeira destinada à presidência da instituição.
O banco está inaugurando ainda 12 agências. "Eu sei que falta empregados, eu sei que falta equipamentos, e essa será a nossa grande batalha, mas é fundamental que a Caixa abra agências", disse ela, ressaltando que isso é fundamental em especial em regiões menos assistidas do País.
Serrano afirmou que sua missão à frente do banco não será fácil e o desafio de modernizar a instituição para ampliar sua atuação no setor na vida da população é "auspicioso". Segundo ela, o banco "sobreviveu à política de medo patrocinada pelo último governo".
"Em 2020, quando tramitava processo para privatizar subsidiárias veio a pandemia. Os empregados atenderam em tempo recorde a maior parte da população brasileira. Oito entre dez adultos", disse Serrano, durante fala inicial em cerimônia de posse, na Caixa Cultural, em Brasília. "Exemplo de resiliência, a Caixa resistiu novamente ao desmantelamento do patrimônio público e a política de assédio e medo."
Conforme pontua, se hoje, o Estado conta com banco público do porte da Caixa "é porque empregados, entidades e movimentos organizados empunharam a bandeira da defesa do banco público frente às iniciativas de privatização."
Serrano destacou a honra e felicidade de ser convidada para presidir a Caixa após 33 anos de banco. Ela declarou que este feito é possível apenas por causa de um governo "ousado, comprometido com democracia, igualdade e justiça social".
A presidente prometeu que irá reorganizar o banco para cumprir o gerenciamento de programas governamentais de transferência de renda e do Minha Casa Minha Vida, ampliar parcerias com Estados e municípios em projetos de infraestrutura e avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços aos clientes.
"A Caixa vai buscar rentabilidade com equilíbrio entre ações comerciais e atendimento à população. A Caixa vai investir em ações culturais. Por fim, vai atuar em temas relacionados às questões sobre sustentabilidade, humanização das relações de trabalho, tão importantes hoje no banco", afirmou. "Juntos, unidos, é o que vamos fazer aqui no banco, e contribuir para o novo Brasil, presidente Lula."
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que será um "grande parceiro" da presidente da Caixa, Rita Serrano.
"Rita, você vai ter um grande parceiro no Ministério da Fazenda. Uma pessoa que respeita muito essa instituição, que testemunha o quanto essa instituição se esforça. Encontre na Fazenda uma equipe muito dedicada a realizar os propósitos e a estabelecer parcerias", disse Haddad, na cerimônia de posse de Rita Serrano à presidência da Caixa, na Caixa Cultural, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participa da solenidade.
Haddad lembrou que, como ministro da educação, acompanhou o trabalho da Caixa na concessão de crédito estudantil, em programas como Fies. E, como prefeito, celebrou convênios com a Caixa e viu o "empenho" do banco federal na concessão de crédito habitacional.
"Lula sempre deu atendimento republicano. É muito emocionante ver o País voltar a ser governado pelo presidente Lula e ver a Caixa voltar a mão dos empregados e do sonho de um Brasil fraterno e solidário", afirmou.