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Caged é prova da resistência diante de crise, diz Dilma

Segundo a candidata, a queda no ritmo da atividade industrial não é um fenômeno brasileiro, e sim de vários países

Dilma: queda no ritmo da atividade industrial não é um fenômeno brasileiro, diz (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma: queda no ritmo da atividade industrial não é um fenômeno brasileiro, diz (Ichiro Guerra/Dilma 13)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 20h33.

Brasília - A candidata à reeleição pelo PT, presidente Dilma Rousseff, disse hoje (11) que o resultado da geração de emprego no mês de agosto mostra a capacidade de resistência do Brasil diante da crise internacional.

O relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (11), aponta que foram gerados 101.425 postos formais de trabalho em agosto, aumento de 0,25% em relação ao mês anterior. O número, porém, é inferior a agosto de 2013.

“O emprego no Brasil está crescendo justamente no momento em que há um relatório sobre as economias do G-20 feito pela ONU [Organização das Nações Unidas] em que se constata a existência de uma crise de emprego no mundo”, salientou a candidata, após encontro com reitores.

Segundo a candidata, a queda no ritmo da atividade industrial não é um fenômeno brasileiro, e sim de vários países.

Os dados do Caged também apontam queda de 4.111 postos na indústria de transformação.

Dilma disse que não pretende entregar um documento completo contendo suas propostas para um eventual segundo mandato.

Ela avalia que, como presidente, já tem ações executadas e resta apenas apresentar propostas para áreas “que ainda não estão prontas”.

“Eu disse que não vou fazer Programa 1.0, por mais que alguém queira. O meu programa é moderno”, disse a candidata, citando que vai usar a televisão e a internet como plataformas para disseminar suas propostas.

Um novo plano para as micro e pequenas empresas e outro de políticas para as mulheres foram enumerados pela presidente.

“Eu estou no governo, não tenho de chegar e falar: 'Vou fazer um programa de habitação chamado Minha Casa, Minha Vida, ou Pronatec”, disse.

De acordo com ela, não haverá programas para setores que já existem, como o Agronegócio, o Brasil Maior e o Plano Safra.

Alguns documentos segmentados serão publicados, conforme Dilma. De acordo com a candidata, após o Programa Mais Médicos pretende fazer o Mais Especialidades, para criar uma rede de clínicas especializadas. Outro exemplo citado foi um “programa de banda larga detalhado”.

Mais cedo, Dilma se reuniu com mais de 50 reitores de universidades federais, que foram ao Palácio da Alvorada manifestar apoio à sua reeleição.

Eles entregaram um documento em que afirmam que o “Brasil está no rumo certo” e citam a expansão do ensino universitário.

Segundo Margareth Diniz, reitora da Universidade Federal da Paraíba, os reitores já haviam se encontrado com a presidente em maio, quando apresentaram uma agenda de desenvolvimento para os próximos dez anos, pedindo continuidade, expansão dos programas e formação de professores.

“Há uma solicitação dos reitores de recursos para consolidar qualitativamente os cursos que foram criados. Na Paraíba, por exemplo, por meio do Reuni [Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais], passamos de 50 para 139 cursos”, disse.

Jaime Giolo, reitor da Universidade Federal da Fronteira do Sul, avaliou que um segundo mandato conseguirá garantir essa expansão com “tranquilidade”.

“A gente tem exatamente certeza que a continuidade do governo poderá abarcar essas demandas”, disse, após o encontro.

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