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Cadastro Positivo vai evitar bolhas de crédito, diz Associação Comercial

Presidente da entidade afirma que o cadastro vai melhorar a qualidade do crédito no país

Cadastro Positivo vai aumentar qualidade do crédito oferecido no país, segundo ACSP (Roberto Setton/VEJA)

Cadastro Positivo vai aumentar qualidade do crédito oferecido no país, segundo ACSP (Roberto Setton/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 12h29.

São Paulo - Aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (1/12), o Cadastro Positivo será uma importante ferramenta para evitar o surgimento de bolhas de crédito no Brasil, segundo o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti.

Se sancionada pelo presidente Lula, o cadastro dará origem a um banco de dados com informações sobre consumidores que pagam suas contas em dia. Para o presidente da ACSP, a oferta de crédito será muito mais consciente, porque os bancos e financeiras terão uma antevisão do comportamento dos tomadores de empréstimos.

Este caráter do sistema evitará futuras crises de inadimplência, na opinião de Burti. "Quando as pessoas correm riscos incompatíveis com sua atividade econômica, o resultado é a formação de bolhas. Entendo que a nova ferramenta vai ajudar a murchá-las", explicou.

Com o Cadastro Positivo, os bancos terão mais critérios para conceder empréstimos e para definir as taxas de juros que cobrarão dos clientes. A lógica é que bons pagadores arquem com menores encargos. Este mecanismo, de acordo com Burti, vai ajudar a melhorar a qualidade do crédito no país, "ativando a economia por meio de processos compatíveis com o nosso modelo de crescimento."

Vala comum
O presidente da ACSP avalia que o cadastro será uma forma justa de premiar um bom comportamento dos consumidores. "Não queremos que ninguém caia em uma vala comum. Não é justo que bons pagadores tenham o mesmo tratamento de alguém que inventa falcatruas e prejudica empresas e organizações", afirmou.

Burti enfatiza, porém, a necessidade de um projeto bem estruturado para a nova ferramenta. "Ainda não tem nada regulamentado, e é preciso ter cuidado para não destruirmos um instrumento tão válido. Ele não pode ser elitista, nem invadir a privacidade dos consumidores. Creio que não será assim, porque as informações só serão usadas com consentimento."

Leia mais: Cadastro positivo ainda não tem regras claras

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