Cabral réu; “Golpe” no PSDB…

Cabral vira réu

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral tornou-se réu da Operação Lava-Jato juntamente com sua mulher, Adriana Ancelmo, seu ex-secretário de governo, Wilson Carlos, e mais quatro pessoas. Cabral é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-governador teria recebido 1,4 milhão de reais, e sua mulher pouco mais de 1 milhão. O dinheiro veio de um contrato da empreiteira Andrade Gutierrez com a Petrobras. É a primeira vez que o casal se torna réu na Lava-Jato, mas ambos já tiveram denúncia aceita na Operação Calicute, que investiga desvio de dinheiro em obras públicas do Rio. Ele está preso em Curitiba.

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Malafaia levado para depor

O pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi levado para depor coercitivamente nesta sexta-feira na Operação Timóteo, suspeito de utilizar contas de sua igreja para ajudar a ocultar dinheiro desviado num esquema de corrupção. A operação investiga uma organização criminosa que agia desviando recursos da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), paga pelo governo para municípios onde há retirada de minérios. O diretor do departamento responsável pelo pagamento no Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Valadares Moreira, procurava as cidades para receber parte do dinheiro de volta. O valor era transferido para escritórios de advocacia e de um desses escritórios Malafaia recebeu 100.000 reais em 2013. O pastor nega as acusações.

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Câmara contra Fux

A Câmara enviou ao Supremo Tribunal Federal um recurso contra a decisão do ministro Luiz Fux de retornar o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, que já tramitou na Casa e estava no Senado, à estaca zero. Fux aceitou um pedido do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que alegava que a proposta — endossada por mais de 2 milhões de assinaturas — teve seu teor modificado e não obedecia à correta tramitação na Câmara. A decisão de Fux foi muito criticada, considerada uma interferência do Judiciário no Legislativo. O Senado já havia entrado com um recurso. Também na tarde de hoje o ministro disse que “cumpriu seu dever de ofício” ao tomar a decisão.

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Mais delações sobre Temer

Mais um executivo da Odebrecht que assinou acordo de delação premiada citou o envolvimento do presidente Michel Temer no pedido de propinas à companhia. De acordo com Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, Temer esteve em uma reunião com ele e com o deputado federal Eduardo Cunha em 2010 em que ambos pediram ajuda financeira ilícita para as eleições daquele ano. O Planalto confirmou o encontro, mas disse que o teor da conversa não foi esse.

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Eduardo Cunha em presídio

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha deve ser transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, próximo a Curitiba, no Paraná. A transferência, autorizada pelo juiz Sergio Moro, acontece porque a sede da Polícia Federal em Curitiba está com lotação máxima. Outros presos da Lava-Jato que estão no local são o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado André Vargas e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

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“Golpe” no PSDB

De acordo com assessores, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, classificou como “golpe branco” a recondução de Aécio Neves à presidência do PSDB pela cúpula do partido. Alckmin esperava conseguir a presidência da sigla em eleições internas para pavimentar o caminho para sua candidatura pelo partido à Presidência da República. Além do governador paulista, o próprio Aécio e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, querem a vaga. A tendência, agora, é que Alckmin passe a se distanciar do partido para tentar concorrer por outra sigla nas eleições de 2018, provavelmente pelo PSB.

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Investigação em SC

O Superior Tribunal de Justiça autorizou a Procuradoria-Geral da República a investigar o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, por envolvimento no esquema apurado pela Lava-Jato. O nome de Colombo constava nas planilhas apreendidas na sede da Odebrecht, em São Paulo. Os executivos da empresa estão prestando depoimentos sobre o acordo de delação premiada.