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Cabral garante segurança na final da Copa das Confederações

O Rio enfrentou duras manifestações sociais nos últimos dias que terminaram em conflitos entre policiais e manifestantes e depredações em várias regiões da cidade


	"O debate deve ser sempre louvado, as manifestações também, mas atos de vandalismo não devem ser tolerados", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral
 (Agência Brasil)

"O debate deve ser sempre louvado, as manifestações também, mas atos de vandalismo não devem ser tolerados", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 17h00.

Rio de Janeiro - Apesar da onda de protestos sociais em todo país, a final da Copa das Confederações tem condições de ser realizada com segurança no estádio do Maracanã, garantiu nesta sexta-feira o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

A cidade do Rio enfrentou duras manifestações sociais nos últimos dias que terminaram em conflitos entre policiais e manifestantes e depredações em várias regiões da cidade.

Mesmo assim, o governador acredita que o Rio estará pronto para receber a final da competição, programada para o dia 30 de junho. O Maracanã também será o estádio da final do Mundial de 2014.

"O Brasil conquistou um estado de nação perante o mundo e perante nós mesmos de grandes avanços em termos de Estado democrático de direito. Nós temos condições de garantir os eventos e de garantir que as manifestações legítimas ocorram de forma respeitosa", disse ele a jornalistas em sua primeira entrevista na semana, quando os protestos se intensificaram na cidade e no país.

Na partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações no último domingo, manifestantes entraram em confronto com a polícia nas cercanias do Maracanã. Na quinta-feira, o policiamento foi reforçado e barreiras de segurança foram ampliadas para evitar a aproximação de manifestantes que prometiam um protesto durante o jogo entre Espanha e Taiti.

A manifestação de quinta-feira no centro do Rio foi a maior já registrada desde o início da onda de protestos, reunindo mais de 300 mil pessoas. Vários conflitos foram registrados perto da sede administrativa da prefeitura do Rio.

"O debate deve ser sempre louvado, as manifestações também, mas atos de vandalismo não devem ser tolerados", afirmou o governador.

Grupos infiltrados entre os manifestantes jogaram paus, pedras e objetos contra policiais que protegiam a sede da prefeitura. A PM respondeu com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral. Mais de 60 pessoas ficaram feridas e cerca de 10 foram detidas.

Cabral prometeu investigar possíveis excessos da PM. "Os policiais agiram da maneira que acham mais viável naquele momento.... os que cometem excessos devem ser punidos de ambos os lados; não vamos proteger vândalos e policiais", finalizou.


As manifestações que invadiram as ruas do país na quinta-feira acarretaram prejuízo superior a meio bilhão de reais para todo o comércio, em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Recife, estimou o professor de varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Daniel Plá.

Segundo ele, as perdas somente na capital fluminense foram de cerca de 100 milhões de reais, sendo que a região mais afetada foi o centro, com queda de 50 por cento de seu faturamento esperado em um dia normal.

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