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Cabral diz que decisão de demolir prédio está mantida

O governador anunciou a construção de uma estação de trem e metrô integradas no Maracanã

Museu do Índio: a Fifa informou à Defensoria Pública da União que não exigiu a retirada do prédio do local. (Tania Rego/ABr)
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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 14h34.

Rio de Janeiro - O governador do Estado do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral (PMDB), disse na manhã desta quarta-feira (16) que não vai voltar atrás da decisão de demolir o prédio do antigo Museu do Índio para as obras de mobilidade no entorno do estádio do Maracanã, que está sendo reformado para a Copa de 2014. Isso apesar de a Fifa informar à Defensoria Pública da União - que briga na Justiça para impedir a derrubada do edifício, datado de 1862 - que não exigiu a retirada do prédio do local.

"Sou filho de pessoas que cultuaram e cultivaram a memória do Rio. Vivi em casa a luta pela preservação do centro do Rio, prédios que estavam para ser demolidos e eram de enorme importância histórica. E graças a Deus, desde os anos 70, tivemos os conselhos de patrimônio federal, estadual e municipal, que passaram a tombar esses imóveis. (...) E nunca foi o caso desse prédio. Então não há nenhum óbice, do ponto de vista legal, para a sua demolição. Por outro lado, estamos propondo àqueles poucos índios que estão lá - que chagaram não em 1506, mas em 2006 - que se construa do outro lado (da via férra), bem próximo do Maracanã, um centro de referência indígena, onde eles possam vender seus trabalhos artesanais e mostrar sua cultura para cariocas e turistas. (...)", afirmou o governador, que participou da cerimônia de inauguração das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dos complexos do Jacarezinho e de Manguinhos, na zona norte da capital. "Aquilo (o antigo prédio) até 2006 era reserva de ambulantes em dias de jogos no Maracanã. Então estamos falando de um prédio que não é tombado, com ocupação absolutamente recente", acrescentou.


Perguntado por um jornalista por que então o edifício não foi derrubado anteriormente, Cabral irritou-se: "Porque antes não se ganhou a Copa do Mundo e eu não era governador. Estou falando do meu período, não posso falar dos anteriores. Você então pode falar `por que não se fez a pacificação do Jacarezinho e de Manguinhos antes? Por que não se fez a linha 4 (do metrô) antes? Por que não se renovou os trens da SuperVia e do metrô antes?' Posso fazer um monte de pergunta para você".

O governador anunciou a construção de uma estação de trem e metrô integradas no Maracanã. Atualmente, os dois meios de transporte possuem na região estações totalmente separadas e distantes uma da outra.

Cabral também disse que o Presídio Evaristo de Moraes, conhecido como Galpão da Quinta, localizado ao lado da Quinta da Boa Vista, será derrubado para construção de novos centros de Atletismo e de Natação (o plano de reforma da área para a Copa do Mundo inclui a demolição do atual Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio de Lamare e de uma escola municipal, localizados dentro do Complexo do Maracanã). A Quinta da Boa Vista é um tradicional parque da zona norte do Rio onde fica o Museu Nacional, atualmente administrado pela UFRJ, e que serviu de residência para o imperador Dom Pedro II.

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Rio de Janeiro - O governador do Estado do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral (PMDB), disse na manhã desta quarta-feira (16) que não vai voltar atrás da decisão de demolir o prédio do antigo Museu do Índio para as obras de mobilidade no entorno do estádio do Maracanã, que está sendo reformado para a Copa de 2014. Isso apesar de a Fifa informar à Defensoria Pública da União - que briga na Justiça para impedir a derrubada do edifício, datado de 1862 - que não exigiu a retirada do prédio do local.

"Sou filho de pessoas que cultuaram e cultivaram a memória do Rio. Vivi em casa a luta pela preservação do centro do Rio, prédios que estavam para ser demolidos e eram de enorme importância histórica. E graças a Deus, desde os anos 70, tivemos os conselhos de patrimônio federal, estadual e municipal, que passaram a tombar esses imóveis. (...) E nunca foi o caso desse prédio. Então não há nenhum óbice, do ponto de vista legal, para a sua demolição. Por outro lado, estamos propondo àqueles poucos índios que estão lá - que chagaram não em 1506, mas em 2006 - que se construa do outro lado (da via férra), bem próximo do Maracanã, um centro de referência indígena, onde eles possam vender seus trabalhos artesanais e mostrar sua cultura para cariocas e turistas. (...)", afirmou o governador, que participou da cerimônia de inauguração das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dos complexos do Jacarezinho e de Manguinhos, na zona norte da capital. "Aquilo (o antigo prédio) até 2006 era reserva de ambulantes em dias de jogos no Maracanã. Então estamos falando de um prédio que não é tombado, com ocupação absolutamente recente", acrescentou.


Perguntado por um jornalista por que então o edifício não foi derrubado anteriormente, Cabral irritou-se: "Porque antes não se ganhou a Copa do Mundo e eu não era governador. Estou falando do meu período, não posso falar dos anteriores. Você então pode falar `por que não se fez a pacificação do Jacarezinho e de Manguinhos antes? Por que não se fez a linha 4 (do metrô) antes? Por que não se renovou os trens da SuperVia e do metrô antes?' Posso fazer um monte de pergunta para você".

O governador anunciou a construção de uma estação de trem e metrô integradas no Maracanã. Atualmente, os dois meios de transporte possuem na região estações totalmente separadas e distantes uma da outra.

Cabral também disse que o Presídio Evaristo de Moraes, conhecido como Galpão da Quinta, localizado ao lado da Quinta da Boa Vista, será derrubado para construção de novos centros de Atletismo e de Natação (o plano de reforma da área para a Copa do Mundo inclui a demolição do atual Estádio de Atletismo Célio de Barros, do Parque Aquático Júlio de Lamare e de uma escola municipal, localizados dentro do Complexo do Maracanã). A Quinta da Boa Vista é um tradicional parque da zona norte do Rio onde fica o Museu Nacional, atualmente administrado pela UFRJ, e que serviu de residência para o imperador Dom Pedro II.

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