Cabral defendeu o sistema de concessão para os aeroportos brasileiros (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 13h53.
Rio de Janeiro - Depois de se reunir com representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), na manhã de hoje (23), no Rio de Janeiro, o governador, Sérgio Cabral (PMDB), admitiu que é preciso melhorar o sistema aeroviário no estado até os Jogos Olímpicos Rio 2016. Cabral defendeu a participação da iniciativa privada para obter avanços no setor.
“O aeroporto sem dúvida é uma pedra no sapato. Está muito longe do ideal para a dimensão que o Rio está reconquistando e terá nos próximos anos com os calendários de eventos", disse.
Cabral defendeu o sistema de concessões das rodovias e da telefonia no Brasil como um bom modelo de gestão a ser aplicado no setor aeroviário. Ele ainda fez comparações com aeroportos de outros países, que são explorados por empresas de capital aberto (cujo capital é formado por ações).
“São companhias de capital aberto, empresas privadas que exploram comercialmente o aeroporto oferecendo conforto. O governo controla, regula, e inclusive recebe recursos, que são pagos por essas concessionárias. Eu acho que o governo não deveria colocar recursos, já que há recursos no Brasil e no mundo desejosos de explorar a concessão de aeroportos brasileiros”, sugeriu.
Apesar de reconhecer esses problemas no setor aéreo do Rio, o governador afirmou que os representantes do Comitê Olímpico Internacional avaliaram que a cidade está avançando em todos os quesitos considerados fundamentais para a realização dos Jogos Olímpicos, inclusive na segurança, com a pacificação de comunidades.
“Foi ótima a reunião. Eles estão vendo essa integração dos três níveis de governo, vendo as conquistas que o Rio está obtendo”, observou.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jascques Rogge, e toda a comitiva do COI, visitam amanhã (29) as obras da Transoeste (corredor expresso que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz) e da linha 4 do metrô, ambos na zona oeste, e, ainda, o elevador no morro Pavão-Pavãozinho, na zona sul do Rio. O grupo também acompanhará o início das obras da Vila Olímpica, próxima do autódromo de Jacarepaguá, na zona oeste, área que terá a maior concentração de instalações olímpicas.