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Cabe às autoridades coibir a violência, diz dom Orani

Arcebispo se disse preocupado tanto com a violência nas manifestações de rua quanto com o cerceamento da liberdade de imprensa


	Arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta: "cabe às autoridades tanto punir os responsáveis quanto como coibir a violência, que não faz parte da democracia", afirmou
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta: "cabe às autoridades tanto punir os responsáveis quanto como coibir a violência, que não faz parte da democracia", afirmou (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 17h16.

Rio - Ao lamentar a morte do cinegrafista Santiago Andrade, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, se disse nesta quarta-feira, 12, preocupado tanto com a violência nas manifestações de rua quanto com o cerceamento da liberdade de imprensa.

"É muito lamentável o que está acontecendo no País. De um lado, é importante cada um ter liberdade de se manifestar. De outro lado é importante também que haja liberdade de imprensa. Cabe às autoridades tanto punir os responsáveis quanto como coibir a violência, que não faz parte da democracia", afirmou Dom Orani, lembrando que Andrade estava trabalhando "para o bem da sociedade" quando foi assassinado, há uma semana.

A uma semana da viagem a Roma para sua nomeação como cardeal pelo papa Francisco, o arcebispo do Rio disse estar vivendo "um momento único" e que desacelerou o ritmo de compromissos nos últimos dias para poder vivê-lo "com intensidade". "Peço ao povo e a Deus que reze para que eu tenha capacidade de exercer essa missão, que é universal. Você tem que olhar não só para o seu país, mas para o mundo inteiro."

Ele também comentou as dívidas deixadas pela Jornada Mundial da Juventude, realizada em julho de 2013, que estariam em torno de R$ 30 milhões (não confirmou o valor) ainda que o papa tenha doado R$ 11,7 milhões em janeiro para ajudar a Arquidiocese.

Os problemas financeiros foram criados pelas transferências de eventos e pelo déficit de arrecadação com as inscrições: a Igreja esperava 500 mil (número próximo ao registrado na JMJ anterior, em Madri) e foram cerca de 300 mil inscritos. Dom Orani disse que "faria de novo": "Para fazer o bem, nunca é mau negócio. Sempre vale a pena fazer".

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