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Bretas mandou grampear oito celulares de Temer um dia antes de prisão

Ex-presidente foi levado para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro depois de ser preso na manhã desta quinta-feira (21)

Temer: ex-presidente é suspeito de coordenar organização criminosa há mais de 40 anos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Temer: ex-presidente é suspeito de coordenar organização criminosa há mais de 40 anos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2019 às 21h03.

São Paulo - Um dia antes da prisão do ex-presidente Michel Temer, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, autorizou que o emedebista tivesse oito linhas telefônicas grampeadas. A interceptação dos celulares de Temer, segundo o magistrado, seria uma "forma de viabilizar a deflagração da fase ostensiva da operação".

"Reitero os fundamentos da decisão anterior, na qual decretei a prisão preventiva dos investigados e determino a interceptação telefônica nos terminais indicados pelo MPF, abaixo relacionados, vinculados ao Michel Temer, como forma de viabilizar a deflagração da fase ostensiva da operação", ordenou.

Michel Temer foi preso nesta quinta-feira, 21. Também foram capturados o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia), o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, a mulher de Lima, Maria Rita Fratezi, e os empresários Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale, Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann.

Até as 18h, a PF já havia prendido nove dos dez alvos da Descontaminação. Somente Carlos Alberto Montenegro Gallo ainda não havia sido capturado. Ele estava em negociação para apresentação.

O magistrado ordenou busca e apreensão nos endereços desses investigados, assim como da filha do ex-presidente, Maristela Temer, do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, de Ana Cristina da Silva Toniolo e de Nara de Deus Vieira. Também foram realizadas buscas nas empresas vinculadas aos investigados.

 

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