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Bretas manda colocar tornozeleira em dois doleiros octogenários

Operação desmonta uma sofisticada teia de 43 doleiros que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países por meio de um incrível núcleo de 3 mil offshores

Marcelo Bretas: juiz mandou colocar tornozeleira eletrônica em dois doleiros presos na Operação "Câmbio, desligo", Henrique Chueke e Marcos Ernest Matalon (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Marcelo Bretas: juiz mandou colocar tornozeleira eletrônica em dois doleiros presos na Operação "Câmbio, desligo", Henrique Chueke e Marcos Ernest Matalon (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2018 às 18h48.

São Paulo - O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, mandou colocar tornozeleira eletrônica em dois doleiros presos na Operação "Câmbio, desligo", Henrique Chueke e Marcos Ernest Matalon. O magistrado levou em conta o fato de que Chueke e Matalon têm mais de 80 anos de idade.

"Câmbio, desligo" foi deflagrada nesta quinta-feira, 3. A operação desmonta uma sofisticada teia de 43 doleiros que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países por meio de um incrível núcleo de 3 mil offshores. Dos 43 alvos, 33 já foram presos até agora pela Polícia Federal.

Em sua decisão, Bretas destacou que os 43 doleiros "atuaram ao longo de décadas de forma interligada em diferentes núcleos dessa rede de lavagem de dinheiro e evasão de divisas".

A grande operação nasceu nas delações dos doleiros Vinícius Claret, o "Juca Bala" e Cláudio Barboza, o "Tony" ou "Peter", que agiam no esquema de corrupção instalado no governo Sérgio Cabral (MDB), no Rio, segundo os investigadores.

O Ministério Público Federal requereu a apreensão de bens e valores equivalentes a R$ 7,5 bilhões, como restituição ao montante movimentado pelos doleiros, de R$ 3,7 bilhões, além da reparação de danos morais.

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