Brasileiros têm alta aderência ao autoritarismo
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública desenvolveu um índice de tendência ao autoritarismo, com base nas respostas a perguntas feitas aos entrevistados
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2017 às 20h49.
Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 20h49.
O medo da violência e o apoio ao autoritarismo parecem estar mais relacionados do que se pensava. O relatório “Medo da Violência e o Apoio ao Autoritarismo no Brasil ”, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que a sociedade brasileira acredita nas soluções autoritárias porque vive, em sua maioria, sob um regime de repressão e violência.
A organização desenvolveu um índice de tendência ao autoritarismo, com base nas respostas a perguntas feitas aos entrevistados – e que foram desenvolvidas com base na Escala F, conceito de Theodor Adorno desenvolvido na década de 1950 para categorizar posicionamentos fascistas.
O estudo partiu das dimensões “Convencionalismo” (que é o indivíduo que segue os termos convencionais e padronizados), “Submissão à autoridade” (em que o indivíduo contribui para a antidemocracia com ideias moralizadas) e “Agressividade autoritária” (em que o indivíduo se opõe ao que é difícil de ser compreendido), que foram estabelecidas pelo filósofo alemão.
Para o Fórum, os altos índices de propensão ao autoritarismo, em todas as classes sociais, revela que mesmo com as políticas públicas e as ações de direitos humanos, a sociedade brasileira ainda enxerga no poder autoritário a solução para a criminalidade e outras questões morais e sociais. Embora sejam questões mais debatidas e aceitas pela população, as questões de gênero e a desigualdade ainda apresentam altos índices de preconceito e intolerância. Abaixo, mais detalhes sobre o estudo.
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