Brasileiro não tem mais condição de pagar imposto, diz Maia
O presidente da Câmara disse em entrevista que é contra o aumento de impostos, em referência a uma possível volta da CPMF
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 23h56.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que pretende priorizar a aprovação de medidas de ajuste fiscal no Congresso, mas disse que é contra o aumento de impostos, em referência a uma possível volta da CPMF .
"O brasileiro não tem mais condição de pagar imposto, as empresas e as famílias brasileiras estão excessivamente endividadas", afirmou o democrata.
Eleito na semana passada para concluir o mandato de Eduardo Cunha à frente da Casa, que vai até janeiro do ano que vem, Maia disse que o ajuste fiscal tem de ser feito pelo lado da despesa, com uma reforma do Estado.
"O aumento de imposto empurra a reforma do Estado para daqui a dois anos", disse o parlamentar, que afirmou que pretende usar esse argumento para convencer o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a desistir de um eventual aumento da carga tributária.
Maia reforçou, além disso, a sua intenção de votar até o fim do ano a PEC do Teto, que limita o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior.
Outra de suas prioridades é a aprovação de medidas de combate à corrupção. Ele tem preferência pelas 10 medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público, entre elas a transformação da corrupção de altos valores em crime hediondo. A terceira e última de suas prioridades é a reforma do sistema eleitoral, que, segundo ele, está ultrapassado.
Para o democrata, o fatiamento dos políticos em diversos grupos tem gerado distorções no sistema político.
"Dentro do Centrão há subgrupos, nos partidos maiores há subgrupos, essa falta de política mais orgânica vem gerando isso (distorções)", disse o presidente da Câmara. Para ele, o fim das coligações seria uma alternativa. "Mas temos de fazer uma reforma completar, não apenas um ou dois itens podem resolver", disse.
Sobre o financiamento de campanhas, Maia disse que, dado o colapso enfrentado pelo sistema político, o financiamento público tornou-se a única saída. Para ele, as empresas e pessoas físicas que têm condição de doar não vão querer doar por um bom tempo, em razão das recentes denúncias de corrupção envolvendo empresas que se ligaram a políticos, detalhadas na operação Lava Jato.
"Em qual modelo conseguimos encaixar o financiamento público? O voto em lista é o único caminho", defendeu.
O presidente da Câmara disse ainda que, nos sete meses que terá à frente da Casa, deve evitar colocar na pauta projetos relacionados a valores sociais, como a legalização da maconha, o aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Questão de valores não estão na prioridade", disse o deputado, acrescentando em seguida que as questões econômicas são mais importantes. "Há expectativa muito grande da sociedade para que possamos superar a crise", afirmou.
Sobre a votação que o elegeu presidente da Câmara, Maia disse que recebeu apoio de parte dos deputados do PT porque houve um entendimento de que seu nome seria capaz de "pacificar" a Casa. "Fiquei 13 anos na oposição (ao governo do PT), mas sempre tentei o diálogo", disse o deputado. Maia disse, no entanto, que não trabalha com a possibilidade de retorno da presidente Dilma Rousseff ao comando do governo. "Essa hipótese, para mim, não existe", afirmou.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ), ressaltou que pretende priorizar a aprovação de medidas de ajuste fiscal no Congresso, mas disse que é contra o aumento de impostos, em referência a uma possível volta da CPMF .
"O brasileiro não tem mais condição de pagar imposto, as empresas e as famílias brasileiras estão excessivamente endividadas", afirmou o democrata.
Eleito na semana passada para concluir o mandato de Eduardo Cunha à frente da Casa, que vai até janeiro do ano que vem, Maia disse que o ajuste fiscal tem de ser feito pelo lado da despesa, com uma reforma do Estado.
"O aumento de imposto empurra a reforma do Estado para daqui a dois anos", disse o parlamentar, que afirmou que pretende usar esse argumento para convencer o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a desistir de um eventual aumento da carga tributária.
Maia reforçou, além disso, a sua intenção de votar até o fim do ano a PEC do Teto, que limita o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior.
Outra de suas prioridades é a aprovação de medidas de combate à corrupção. Ele tem preferência pelas 10 medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público, entre elas a transformação da corrupção de altos valores em crime hediondo. A terceira e última de suas prioridades é a reforma do sistema eleitoral, que, segundo ele, está ultrapassado.
Para o democrata, o fatiamento dos políticos em diversos grupos tem gerado distorções no sistema político.
"Dentro do Centrão há subgrupos, nos partidos maiores há subgrupos, essa falta de política mais orgânica vem gerando isso (distorções)", disse o presidente da Câmara. Para ele, o fim das coligações seria uma alternativa. "Mas temos de fazer uma reforma completar, não apenas um ou dois itens podem resolver", disse.
Sobre o financiamento de campanhas, Maia disse que, dado o colapso enfrentado pelo sistema político, o financiamento público tornou-se a única saída. Para ele, as empresas e pessoas físicas que têm condição de doar não vão querer doar por um bom tempo, em razão das recentes denúncias de corrupção envolvendo empresas que se ligaram a políticos, detalhadas na operação Lava Jato.
"Em qual modelo conseguimos encaixar o financiamento público? O voto em lista é o único caminho", defendeu.
O presidente da Câmara disse ainda que, nos sete meses que terá à frente da Casa, deve evitar colocar na pauta projetos relacionados a valores sociais, como a legalização da maconha, o aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Questão de valores não estão na prioridade", disse o deputado, acrescentando em seguida que as questões econômicas são mais importantes. "Há expectativa muito grande da sociedade para que possamos superar a crise", afirmou.
Sobre a votação que o elegeu presidente da Câmara, Maia disse que recebeu apoio de parte dos deputados do PT porque houve um entendimento de que seu nome seria capaz de "pacificar" a Casa. "Fiquei 13 anos na oposição (ao governo do PT), mas sempre tentei o diálogo", disse o deputado. Maia disse, no entanto, que não trabalha com a possibilidade de retorno da presidente Dilma Rousseff ao comando do governo. "Essa hipótese, para mim, não existe", afirmou.