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Brasil vê "com bons olhos" indicação de Guterres, diz Serra

Segundo Serra, Guterres é um quadro “preparadíssimo”, experiente e possui uma proximidade “muito grande” com o Brasil

António Guterres: para o mundo de hoje, é a pessoa adequada para comandar a ONU (Tony Karumba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 22h01.

O ministro das Relações Exteriores, José Serra , disse hoje (6) que o Brasil vê com “muitos bons olhos” a indicação do português António Guterres para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ).

Segundo Serra, Guterres é um quadro “preparadíssimo”, experiente e possui uma proximidade “muito grande” com o Brasil.

“Eu escrevi a ele carta pessoal até, afora declarações públicas congratulando. Achei uma solução extraordinária. Para o mundo de hoje, é a pessoa adequada para comandar a ONU. Ele conhece questões do mundo e da organização e sabe como lidar com grandes potências. É uma pessoa que terá papel importante no mundo na próxima década.”

Serra destacou a experiência de António Guterres na ONU e no governo de Portugal , por ter sido primeiro-ministro do país. “É como se fosse um brasileiro. Ficamos muito felizes. Ele entra preparadíssimo. Que eu tenha memória, sem diminuir outros, talvez é quem mais entre preparado, como se tivesse trabalhado muito tempo para vir a ser secretário”, disse.

Processo de impeachment

Esta tarde, Serra mediou um encontro entre o presidente Michel Temer e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que nos últimos meses se declarou contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, os dois não conversaram sobre o assunto.

“Tenho impressão que a OEA agora acompanhou tudo que aconteceu. E inclusive ressaltou, na hora de se despedir do presidente Temer, sua satisfação com a solidez do processo político brasileiro. Ninguém fez referência a nenhuma questão passada. Na vida diplomática, você nunca pega um problema anterior, que já foi. Sempre está olhando para adiante”, disse o ministro.

De acordo com o chanceler, o encontro foi de “bom nível” e o Brasil e a OEA possuem visões compartilhadas sobre o quadro interamericano atual.

Serra destacou como “preocupação semelhante” os problemas políticos na Venezuela, país que, segundo ele, poderá ter sua normalidade restabelecida com a participação de atores como Estados unidos, Cuba e o Vaticano.

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O ministro das Relações Exteriores, José Serra , disse hoje (6) que o Brasil vê com “muitos bons olhos” a indicação do português António Guterres para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ).

Segundo Serra, Guterres é um quadro “preparadíssimo”, experiente e possui uma proximidade “muito grande” com o Brasil.

“Eu escrevi a ele carta pessoal até, afora declarações públicas congratulando. Achei uma solução extraordinária. Para o mundo de hoje, é a pessoa adequada para comandar a ONU. Ele conhece questões do mundo e da organização e sabe como lidar com grandes potências. É uma pessoa que terá papel importante no mundo na próxima década.”

Serra destacou a experiência de António Guterres na ONU e no governo de Portugal , por ter sido primeiro-ministro do país. “É como se fosse um brasileiro. Ficamos muito felizes. Ele entra preparadíssimo. Que eu tenha memória, sem diminuir outros, talvez é quem mais entre preparado, como se tivesse trabalhado muito tempo para vir a ser secretário”, disse.

Processo de impeachment

Esta tarde, Serra mediou um encontro entre o presidente Michel Temer e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que nos últimos meses se declarou contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, os dois não conversaram sobre o assunto.

“Tenho impressão que a OEA agora acompanhou tudo que aconteceu. E inclusive ressaltou, na hora de se despedir do presidente Temer, sua satisfação com a solidez do processo político brasileiro. Ninguém fez referência a nenhuma questão passada. Na vida diplomática, você nunca pega um problema anterior, que já foi. Sempre está olhando para adiante”, disse o ministro.

De acordo com o chanceler, o encontro foi de “bom nível” e o Brasil e a OEA possuem visões compartilhadas sobre o quadro interamericano atual.

Serra destacou como “preocupação semelhante” os problemas políticos na Venezuela, país que, segundo ele, poderá ter sua normalidade restabelecida com a participação de atores como Estados unidos, Cuba e o Vaticano.

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