Exame Logo

Brasil terá de obter superávits sem ajuda, diz Barbosa

Segundo economista, próximo presidente vai ter que recuperar a capacidade de realizar superávits primários em bases recorrentes

Nelson Barbosa: "não é aumentar o superávit primário. É produzir o mesmo superávit em bases recorrentes, o que hoje não está sendo feito", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 20h22.

São Paulo - O Brasil, no ano que vem, seja quem for o presidente eleito, vai ter que recuperar a capacidade de realizar superávits primários em bases recorrentes, ou seja, sem a ajuda de receitas extraordinárias.

Foi o que disse hoje o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, durante o seminário "Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil", organizado pela Escola de Economia em São Paulo (EESP), também da FGV.

"Não é aumentar o superávit primário. É produzir o mesmo superávit em bases recorrentes, o que hoje não está sendo feito", disse Barbosa, ao referir-se à utilização de receitas extraordinárias para atingir a meta fiscal.

Barbosa disse que no Brasil há hoje uma peculiaridade no que tange a política fiscal. O superávit primário requerido para reduzir a dívida bruta é menor que o superávit primário requerido para reduzir a dívida líquida.

"Fazendo os cálculos, para reduzir a dívida bruta chega-se a algo entre 1,5% e 2% do PIB e para reduzir a dívida líquida é algo entre 3% e 3,5% do PIB."

"Tenho a leve suspeita de que o próximo governo, seja ele quem for, vai eleger a dívida bruta para critério de avaliação das finanças públicas, o que implicaria a possibilidade de uma meta de superávit menor", afirmou.

"Isso porque conseguir produzir um primário de 2% a 2,5%, com mexidas menos radicais, é mais fácil do que 3% a 3,5%."

Veja também

São Paulo - O Brasil, no ano que vem, seja quem for o presidente eleito, vai ter que recuperar a capacidade de realizar superávits primários em bases recorrentes, ou seja, sem a ajuda de receitas extraordinárias.

Foi o que disse hoje o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) e ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, durante o seminário "Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil", organizado pela Escola de Economia em São Paulo (EESP), também da FGV.

"Não é aumentar o superávit primário. É produzir o mesmo superávit em bases recorrentes, o que hoje não está sendo feito", disse Barbosa, ao referir-se à utilização de receitas extraordinárias para atingir a meta fiscal.

Barbosa disse que no Brasil há hoje uma peculiaridade no que tange a política fiscal. O superávit primário requerido para reduzir a dívida bruta é menor que o superávit primário requerido para reduzir a dívida líquida.

"Fazendo os cálculos, para reduzir a dívida bruta chega-se a algo entre 1,5% e 2% do PIB e para reduzir a dívida líquida é algo entre 3% e 3,5% do PIB."

"Tenho a leve suspeita de que o próximo governo, seja ele quem for, vai eleger a dívida bruta para critério de avaliação das finanças públicas, o que implicaria a possibilidade de uma meta de superávit menor", afirmou.

"Isso porque conseguir produzir um primário de 2% a 2,5%, com mexidas menos radicais, é mais fácil do que 3% a 3,5%."

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasMinistério da FazendaPolítica fiscal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame