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Brasil tem profissionais em lavagem de dinheiro, diz MPF

"Podemos dizer que Bernardo Freiburghaus fazia esse trabalho para a Odebrecht, assim como o Alberto Youssef fazia para a Camargo Corrêa, ou Fernando Baiano para a Andrade Gutierrez", diz procurador após mais uma fase da Lava Jato.


	Policias na Operação Lava Jato
 (Polícia Federal de Curitiba)

Policias na Operação Lava Jato (Polícia Federal de Curitiba)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 19 de junho de 2015 às 11h45.

São Paulo – Após deflagrada mais uma fase da Operação Lava Jato, o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que o Brasil tem “profissionais em lavagem de dinheiro”.

A 14ª fase da operação prendeu nesta quinta-feira o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo.

“Nós temos profissionais hoje no Brasil de lavagem de dinheiro, e as empresas têm as pessoas de sua confiança. Podemos dizer que Bernardo Freiburghaus fazia esse trabalho para a Odebrecht, assim como o Alberto Youssef fazia para a Camargo Corrêa, ou Fernando Baiano para a Andrade Gutierrez. Isso é uma questão pura e simples de negócio”, disse o procurador em entrevista coletiva.

Ainda segundo o procurador, as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez eram mais “sofisticadas” na hora de pagar propina a funcionários da Petrobras, e faziam os depósitos em contas no exterior.

A Lava Jato investiga esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras e empresas privadas, dentre elas as maiores empreiteiras do país.

Batizada de Erga Omnes (que significa “vale para todos”), a 14ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta quinta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Policiais cumprem 59 mandados, sendo 38 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de condução coercitiva, 8 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de prisão temporária. O alvo nesta ação são empresas Odebrecht e Andrade Gutierrez. 

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