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Brasil suspende compra de helicópteros da Rússia

São Paulo - Um dos principais contratos do programa de reaparelhamento das Forças Armadas sofreu um corte profundo: o ministro da Defesa, Nelson Jobim, decidiu suspender o processo de incorporação de novos helicópteros russos Mi-35 à Força Aérea Brasileira (FAB) - onde foram rebatizados com o nome AH-2 Sabre. A reboque dos problemas orçamentários e […]

Nelson Jobim, Ministro da Defesa; suspensão de compra de helicópteros (Agência Brasil)

Nelson Jobim, Ministro da Defesa; suspensão de compra de helicópteros (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2011 às 10h24.

São Paulo - Um dos principais contratos do programa de reaparelhamento das Forças Armadas sofreu um corte profundo: o ministro da Defesa, Nelson Jobim, decidiu suspender o processo de incorporação de novos helicópteros russos Mi-35 à Força Aérea Brasileira (FAB) - onde foram rebatizados com o nome AH-2 Sabre.

A reboque dos problemas orçamentários e de assistência técnica para as seis primeiras unidades já entregues, Jobim mandou contingenciar R$ 112 milhões do programa que deveriam ser gastos ao longo deste ano.

Os 12 modelos Mi-35 que o Brasil comprou da Rússia por cerca de US$ 250 milhões foram incorporados à frota da FAB em abril de 2010. O lote final, de seis unidades, deveria ser entregue até o fim deste ano. O Comando do Exército considerava a possibilidade de adquirir ao menos mais quatro desses “tanques voadores” para equipar a aviação de força terrestre.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou no Ministério da Defesa que Jobim tomou a decisão de paralisar a incorporação dos novos aparelhos aproveitando “o surgimento de argumentos técnicos”. Evitando entrar em detalhes, um oficial do Comando da Aeronáutica disse que “não há nenhum problema grave na assistência técnica, mas existem falhas em determinados componentes dos aparelhos que estão no País”. Embora o desempenho operacional seja considerado bom, as primeiras aeronaves apresentaram problemas técnicos.

Um deles foi o do estabelecimento de compatibilidade entre a eletrônica de bordo, russa, e o sistema de comunicações da FAB, que segue padrões americanos. Houve dificuldades na adaptação da conexão às fontes externas de energia. Mais recentemente, pedidos de fornecimento de peças e componentes não foram atendidos de forma conveniente.

Os argumentos técnicos são vistos como “razões providenciais” para segurar o orçamento da Defesa. O ministério foi um dos mais atingidos pelo corte total de R$ 50 bilhões que a presidente Dilma Rousseff decretou no início do governo. Dos R$ 15 bilhões aprovados pelo Congresso, a Defesa teve contingenciados, em fevereiro, R$ 4 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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