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Brasil sem Dilma: políticos analisam cenário de impeachment

Enquanto para os que defendem o impeachment, tudo se resolveria se Dilma deixasse o cargo, os contrários dizem que sem a presidente haveria outra crise no país

Contra Dilma: mesmo empolgada e defensora do impeachment, a oposição não está afinada sobre o futuro do país (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 21h19.

São Paulo - O Brasil está mergulhado em uma profunda crise política e econômica. Para os que defendem o impeachment , tudo se resolveria se a presidente Dilma Rousseff deixasse o comando do país.

No entanto, os contrários ao impedimento argumentam que, com a queda da presidente, seria instalada mais uma crise no país, a institucional.

O Brasil Post ouviu políticos de várias vertentes para entender o que o país perderia sem Dilma Rousseff .

O PT faz o possível para se esquivar do debate e não quer colocar mais lenha na fogueira. Oficialmente, o discurso contra o impeachment é o homogêneo.

Amigo da presidente e um dos fundadores do PT, o deputado distrital Chico Vigilante engrossa o coro dos aliados de Dilma:

“O país perderia em todas as áreas. O impeachment cria uma convulsão tanto financeira, quanto política, econômica e socialmente. Eleição se disputa de quatro em quatro anos, quem ganha governa. Quem não se contentou não pode querer fragilizar o país, deixar os brasileiros à deriva. Não existe amparo legal para transformar o país em republiqueta de bananas. Investir no impeachment é querer desviar a atenção da opinião pública da Operação Lava Jato."

Nos bastidores, porém, há senador petista que diz que, no caso de impeachment, a oposição se daria mal.

Para esse parlamentar ouvido pelo Brasil Post, o sucessor de Dilma pegaria um país quebrado, teria que aguentar a fragilidade do momento, além de ter que tocar reformas impopulares para colocar o país de volta nos trilhos.

Mesmo empolgada e defensora do impeachment, a oposição não está afinada sobre o futuro do país. Uma das principais lideranças do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) cobra o impedimento, mas não arrisca um prognóstico sobre o futuro.

“A oposição tem o dever de repercutir o sentimento nacional pró-impeachment. O papel da oposição é esse. Obviamente, o day after é que preocupa. Não temos como avaliar as consequências. Se houver um impeachment, o vice-presidente assume. Mas ele é governo. Se essa solução proporcionará benefícios ao país, isso é relativo. Só o tempo comprovará."

A ala do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que flerta com a oposição, entretanto, acredita que o país sairá melhor se a presidente deixar o posto.

Até os mais radicais não negam que haverá um período de fragilidade, mas argumentam que será passageiro.

O deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) vai na linha das propagandas de Temer:

“O Brasil já vive uma de suas maiores crises político, moral, ética e fiscal. A presidente cometeu crimes de improbidade administrativa no primeiro e no segundo mandato. Ela colocou o Brasil em um buraco fiscal histórico. Isso leva a um ambiente de falta de confiança do investidor, das empresas, do consumidor. É preciso um novo líder, que reunifique o Brasil. O prejuízo imediato seria o agravamento da crise política, mas é transitório.”

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São Paulo - O Brasil está mergulhado em uma profunda crise política e econômica. Para os que defendem o impeachment , tudo se resolveria se a presidente Dilma Rousseff deixasse o comando do país.

No entanto, os contrários ao impedimento argumentam que, com a queda da presidente, seria instalada mais uma crise no país, a institucional.

O Brasil Post ouviu políticos de várias vertentes para entender o que o país perderia sem Dilma Rousseff .

O PT faz o possível para se esquivar do debate e não quer colocar mais lenha na fogueira. Oficialmente, o discurso contra o impeachment é o homogêneo.

Amigo da presidente e um dos fundadores do PT, o deputado distrital Chico Vigilante engrossa o coro dos aliados de Dilma:

“O país perderia em todas as áreas. O impeachment cria uma convulsão tanto financeira, quanto política, econômica e socialmente. Eleição se disputa de quatro em quatro anos, quem ganha governa. Quem não se contentou não pode querer fragilizar o país, deixar os brasileiros à deriva. Não existe amparo legal para transformar o país em republiqueta de bananas. Investir no impeachment é querer desviar a atenção da opinião pública da Operação Lava Jato."

Nos bastidores, porém, há senador petista que diz que, no caso de impeachment, a oposição se daria mal.

Para esse parlamentar ouvido pelo Brasil Post, o sucessor de Dilma pegaria um país quebrado, teria que aguentar a fragilidade do momento, além de ter que tocar reformas impopulares para colocar o país de volta nos trilhos.

Mesmo empolgada e defensora do impeachment, a oposição não está afinada sobre o futuro do país. Uma das principais lideranças do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) cobra o impedimento, mas não arrisca um prognóstico sobre o futuro.

“A oposição tem o dever de repercutir o sentimento nacional pró-impeachment. O papel da oposição é esse. Obviamente, o day after é que preocupa. Não temos como avaliar as consequências. Se houver um impeachment, o vice-presidente assume. Mas ele é governo. Se essa solução proporcionará benefícios ao país, isso é relativo. Só o tempo comprovará."

A ala do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que flerta com a oposição, entretanto, acredita que o país sairá melhor se a presidente deixar o posto.

Até os mais radicais não negam que haverá um período de fragilidade, mas argumentam que será passageiro.

O deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) vai na linha das propagandas de Temer:

“O Brasil já vive uma de suas maiores crises político, moral, ética e fiscal. A presidente cometeu crimes de improbidade administrativa no primeiro e no segundo mandato. Ela colocou o Brasil em um buraco fiscal histórico. Isso leva a um ambiente de falta de confiança do investidor, das empresas, do consumidor. É preciso um novo líder, que reunifique o Brasil. O prejuízo imediato seria o agravamento da crise política, mas é transitório.”

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