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Brasil segue com clima seco nos próximos 2 meses, diz analista

O mês de novembro geralmente marca o início da temporada de chuvas na região das hidrelétricas, que têm os maiores reservatórios concentrados no Sudeste

Seca: projeções pessimistas de precipitações para este mês levaram os preços spot da energia elétrica a disparar mais de 40% (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 21h05.

São Paulo - O padrão climático no Brasil deve continuar predominantemente seco nos próximos dois meses, principalmente no Nordeste, que atravessa uma período de chuvas muito abaixo das médias históricas que já dura três anos, apontaram nesta quarta-feira projeções da Thomson Reuters, na página Power Brazil.

O mês de novembro geralmente marca o início da temporada de chuvas na região das hidrelétricas do país, que têm os maiores reservatórios concentrados no Sudeste, mas projeções pessimistas de precipitações para este mês levaram os preços spot da energia elétrica a disparar mais de 40 por cento na virada de outubro para novembro.

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O preço spot da energia, ou Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), é calculado por modelos matemáticos nos quais as projeções de chuva são o fator mais relevante, e sua variação impacta as cotações no mercado livre de eletricidade, no qual usinas de geração e comercializadoras negociam contratos entre si ou diretamente com grandes consumidores.

"Outubro continuou com padrão bastante seco no Nordeste e Sudeste... as últimas projeções apontam para uma continuação desse padrão com certa instabilidade no Sul e no Sudeste, mas com um Nordeste seco, então essas condições secas irão continuar em grande parte ao longo dos próximos dois meses", afirmou o meteorologista da Thomson Reuters Point Carbon Georg Müller.

No médio prazo, em até 15 dias, um sistema frontal vindo do sul da América do Sul poderá trazer chuvas espalhadas e intensas na metade leste do Brasil, incluindo o Nordeste, mas em dezembro e janeiro o clima seco deve voltar para a região, disse o analista.

No Norte e no Sul, no entanto, poderá haver melhoria do clima em janeiro e fevereiro, com chuvas levemente acima do normal.

Segundo Müller, as temperaturas deverão ficar próximas ou levemente acima do normal ao longo do período, sem grandes oscilações.

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