Brasil repatriou só R$ 40 mi de US$ 3 bi bloqueados
Segundo especialistas, os recursos não são repatriados devido à lentidão da justiça brasileira
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 14h33.
São Paulo - Apesar de o governo brasileiro ter conseguido bloquear no exterior US$ 3 bilhões em recursos suspeitos de serem oriundos de lavagem de dinheiro , apenas entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões foram repatriados nos últimos dez anos.
Segundo o diretor da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), Ricardo Saadi, "os recursos não são repatriados porque os países exigem uma decisão final da justiça (brasileira) que demora para ocorrer".
Saadi afirmou que o sistema judiciário brasileiro "precisa ser repensado" para que seja diminuída a lentidão dos processos aqui, o que impede a liberação dos recursos pela justiça no exterior.
"Faz dez anos que os bloqueios de bens no exterior foram intensificados por conta da criação do Departamento de recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Se você me citar uma grande operação que houve repatriação de recursos após o processo ser julgado eu ficaria muito feliz", disse.
O diretor da Enccla citou um caso de bloqueio de recursos suspeitos de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos, no qual a Justiça norte-americana liberou o dinheiro para o acusado de lavagem porque Saadi não tinha como precisar ao menos quando haveria uma decisão judicial sobre o caso em primeira instância no Brasil. "Há outro caso de um doleiro que morreu enquanto o processo tramitava e os recursos foram liberados para a família", completou.
Saadi citou ainda outros dois casos recentes de repatriação de dinheiro ou ativos, que só ocorreram por conta de decisões judiciais dos países onde os crimes também foram julgados.
"Os US$ 5 milhões desviados do TRT de São Paulo só foram repatriados por conta de um procedimento penal na Suíça. Se fosse no Brasil estaríamos esperando até agora", disse. Já os quadros do Banco Santos, ele afirma que só voltaram para cá porque os supostos donos nos Estados Unidos não conseguiram comprovar à justiça americana que eram os proprietários.
São Paulo - Apesar de o governo brasileiro ter conseguido bloquear no exterior US$ 3 bilhões em recursos suspeitos de serem oriundos de lavagem de dinheiro , apenas entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões foram repatriados nos últimos dez anos.
Segundo o diretor da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), Ricardo Saadi, "os recursos não são repatriados porque os países exigem uma decisão final da justiça (brasileira) que demora para ocorrer".
Saadi afirmou que o sistema judiciário brasileiro "precisa ser repensado" para que seja diminuída a lentidão dos processos aqui, o que impede a liberação dos recursos pela justiça no exterior.
"Faz dez anos que os bloqueios de bens no exterior foram intensificados por conta da criação do Departamento de recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). Se você me citar uma grande operação que houve repatriação de recursos após o processo ser julgado eu ficaria muito feliz", disse.
O diretor da Enccla citou um caso de bloqueio de recursos suspeitos de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos, no qual a Justiça norte-americana liberou o dinheiro para o acusado de lavagem porque Saadi não tinha como precisar ao menos quando haveria uma decisão judicial sobre o caso em primeira instância no Brasil. "Há outro caso de um doleiro que morreu enquanto o processo tramitava e os recursos foram liberados para a família", completou.
Saadi citou ainda outros dois casos recentes de repatriação de dinheiro ou ativos, que só ocorreram por conta de decisões judiciais dos países onde os crimes também foram julgados.
"Os US$ 5 milhões desviados do TRT de São Paulo só foram repatriados por conta de um procedimento penal na Suíça. Se fosse no Brasil estaríamos esperando até agora", disse. Já os quadros do Banco Santos, ele afirma que só voltaram para cá porque os supostos donos nos Estados Unidos não conseguiram comprovar à justiça americana que eram os proprietários.