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Brasil registra mais de um suicídio a cada hora, diz OMS

Primeiro relatório global da entidade sobre o tema aponta que a grande maioria dos casos é registrado entre homens no país

No Brasil, suicídio entre homens é três vezes mais comum que entre mulheres (Matt Cardy/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 12h39.

São Paulo – Estudo divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde ( OMS ) revela uma realidade chocante no Brasil: 32,3 casos de suicídio são registrados por dia no país, o que representa uma média de mais de uma morte por hora.

Segundo a organização, 11.821 brasileiros cometeram suicídio em 2012, número que representa aumento de 10,4% em relação ao registrado em 2000.

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O primeiro levantamento global sobre o tema realizado pela OMS aponta também que os principais métodos utilizados em todo o mundo são envenenamento, enforcamento ou armas de fogo.

“Acesso limitado a esses meios podem ajudar a prevenir as mortes . Outra forma de reduzir os casos seria o comprometimento dos governos em estabelecer e implantar um plano de ação coordenado. Atualmente, apenas 28 países possuem estratégias de combate ao suicídio conhecidas”, diz o relatório.

Homens são 78% do total

Outro dado que chama a atenção no Brasil é o fato de que a grande maioria dos suicídios é cometida por homens. Eles representam 78% do total de casos, fazendo com que a taxa de ocorrência para cada 100 mil habitantes seja de 9,4, contra 2,5 das mulheres.

BrasilSuicídios em 2012Taxa por 100 mil habitantes (2012)Taxa por 100 mil habitantes (2000)Aumento em 12 anos
Mulheres2.6232,52,117,80%
Homens9.1989,48,78,20%
Total 11.821 5,85,310,40%

De acordo com a OMS, a tendência também é verificada em outros lugares. Nos países ricos, três vezes mais homens morrem do que mulheres e homens com 50 anos ou mais são particularmente vulneráveis.

Já nos países de média ou baixa renda, homens jovens e mulheres acima de 70 anos são os mais afetados.

A OMS afirma também, que entre as causa mais comuns estão problemas psicológicos como depressão e abuso de álcool, mas também momentos impulsivos provocados por crises como problemas financeiros, término de relacionamentos e dor crônica ou doenças.

Experiências de conflito, desastre, violência ou abuso também podem desencadear os casos. “Taxas de suicídio também são altas entre grupos vulneráveis que sofrem discriminação como refugiados e imigrantes; população indígena; prisioneiros e comunidade LGBT”, diz o estudo.

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