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Registro de armas no Brasil dispara sob Bolsonaro; foram cinco por hora

Polícia Federal concedeu 44 mil autorizações de posse para "cidadãos comuns" entre janeiro e novembro deste ano

Armas: foram mais de dez mil registradas neste ano em relação ao mesmo período do ano passado (Daniel Acker/Bloomberg)

Armas: foram mais de dez mil registradas neste ano em relação ao mesmo período do ano passado (Daniel Acker/Bloomberg)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 06h37.

Última atualização em 27 de dezembro de 2019 às 18h36.

Rio - Sob o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil bateu recorde de novas armas de fogo registradas em um só ano: foram 44.181 entre janeiro e novembro de 2019, alta de 24% em relação a todo o ano passado. É o maior número de autorizações para posse — isto é, para ter uma arma em casa — concedidas pela Polícia Federal desde 2010, segundo estatísticas inéditas obtidas pelo GLOBO com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

O levantamento diz respeito apenas a registros para pessoas físicas, excluindo, por exemplo, aquisições de órgãos públicos e empresas de segurança e também dos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), cujo registro é feito pelo Exército.

 

Mesmo sem os dados referentes a dezembro, o país vendeu cinco armas por hora a cidadãos comuns em 2019— maior média do que em todos os outros períodos analisados.

Ano a ano, os registros de armas vêm aumentando. Em 2018, esse número era de 35.758, o maior até então — um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A média era de quatro armamentos vendidos por hora.

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