Brasil precisa sair do marasmo, afirma Albuquerque
Segundo o candidato à Vice-Presidência, país precisa "retomar o crescimento e sair do marasmo"
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 21h27.
Brasília - O candidato do PSB à Vice-Presidência, Beto Albuquerque (RS), afirmou nesta terça-feira que o Brasil precisa "retomar o crescimento e sair do marasmo".
Albuquerque discursou como líder da bancada do PSB na sessão solene em homenagem ao ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em Santos (SP) no dia 13 de agosto.
A sessão durou três horas e foi marcada por homenagens a Campos de lideranças de todas as legendas.
Participaram a viúva Renata Campos; os cinco filhos do casal; o prefeito do Recife, Geraldo Júlio; o governador de Pernambuco, João Lyra Neto; e o candidato do PSB ao governo estadual, Paulo Câmara.
Antonio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, e Rodrigo Valadares, filho do ex-deputado Pedro Valadares, também morto no acidente em Santos, estiveram na solenidade.
"Vamos dividir o legado de Eduardo", discursou Albuquerque. "Quando disse para não desistirmos do Brasil, ele (Campos) disse: sigamos a nossa caminhada", acrescentou.
Albuquerque fez o discurso mais inflamado da tarde e disse que Campos "estará conosco, inclusive votando nesta eleição".
"Somos a família da mudança e a família de um Brasil melhor", concluiu. Após sua fala, parlamentares aliados e correligionários gritaram "Eduardo guerreiro do povo brasileiro".
Renata Campos, por sua vez, afirmou em um breve discurso que Campos e Valadares exerceram na Câmara a "boa política" e defenderam a "justiça social". "Homens com ideais e sonhos não morrem nunca. Continuaremos firmes na sua luta", afirmou.
Outro pronunciamento com forte cunho político foi do presidente do PPS, Roberto Freire, sigla que faz parte da coligação liderada pelo PSB.
Ele afirmou que é preciso firmar politicamente o legado de Campos e que a nova candidata do PSB à presidência, Marina Silva, representa esse legado.
"Não é a comoção pela perda (de Campos) que mudou a trajetória da política atual, mas o fato de ela ter apontado um caminho para a mudança", disse.
Antes de a sessão ser iniciada, foi exibido um vídeo sobre a carreira política de Campos. A peça continha imagens do político na atual campanha, ao lado de Marina, e em seu discurso quando se descompatibilizou do governo de Pernambuco para concorrer à presidência.
Debate
Um dos coordenadores de campanha de Marina Silva na disputa pela Presidência da República, Pedro Ivo, disse ao Broadcast Político que não há nenhuma estratégia definida da candidatura para rebater a ação dos petistas nas redes sociais.
A candidata do PSB vem sofrendo pesadas críticas desde a última sexta-feira (29), quando recuou do programa de governo apresentado para o segmento LGBT. "Vamos manter a linha do debate programático, de não mentir e de não ir para a baixaria", disse.
Pedro Ivo disse que a campanha está consciente de que existe uma ação para desconstruir a sua candidatura e não de fazer contraposição às propostas da candidata.
"Pegam no pé da Marina por preconceito", disse o aliado, referindo-se ao fato da ex-senadora ser evangélica da Assembleia de Deus.
O secretário nacional da Juventude do PSB, Bruno da Mata, admitiu que o recuo nessa área atingiu a campanha. "Foi muito ruim. Não dá para negar isso", comentou.
Bruno confirmou o discurso de Pedro Ivo de que não há uma estratégia do partido para atuar nas redes sociais. "O que acontece com a Marina é o que fizeram com o Lula: tentam demonizar sua candidatura", concluiu.
Pedro Ivo anunciou também que as antigas casas de Eduardo e Marina serão retomadas pela campanha com o nome de Beto e Marina. De acordo com ele, o nome do vice da chapa vem primeiro em razão da sonoridade.
Até o acidente que matou Eduardo Campos no dia 13 de agosto, a campanha somava 520 comitês domiciliares em todo o País.
Pedro Ivo informou também que o nome material de campanha com as imagens de Marina Silva e seu vice Beto Albuquerque ficará pronto amanhã.