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Brasil oculta cooperação antiterrorista com EUA, diz WikiLeaks

Telegrama diplomático mostra que grupos islâmicos suspeitos de manterem laços com organizações extremistas têm braços no país

Atividades suspeitas de terrorismo no Brasil estão centradas em São Paulo e nas fronteiras (Jens Buttner/AFP)

Atividades suspeitas de terrorismo no Brasil estão centradas em São Paulo e nas fronteiras (Jens Buttner/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 13h28.

Washington - O Brasil ocultou do grande público uma cooperação antiterrorista com os Estados Unidos e nega oficialmente qualquer sugestão de que militantes islâmicos realizam atividades em seu território, segundo os documentos duvulgados pelo site WikiLeaks.

O Brasil está preocupado com a atividade terrorista em seu território, apesar de publicamente fazer afirmações diferentes, destaca um telegrama da embaixada americana em Brasília ao Departamento de Estado em Washington com data de outubro de 2009.

"Apesar de uma boa cooperação entre Estados Unidos e Brasil em termos de investigar atividades relacionadas ao terrorismo, a posição oficial do governo é negar que no Brasil exista atividade terrorista", afirma o texto.

"Os altos níveis do governo brasileiro negam publicamente a possibilidade de que grupos terroristas ou pessoas conectadas com tais grupos operem ou transitem por território brasileiro e contestam vigorosamente qualquer afirmação de autoridades americanas neste sentido", acrescenta.

Mas a mensagem afirma que "na realidade vários grupos islâmicos com laços conhecidos ou suspeitas de laços com organizações extremistas têm braços no Brasil e se suspeita que executam atividades financeiras".

As atividades de investigação antiterrorista Brasil-EUA são centradas em suspeitos em São Paulo e nas áreas de fronteira com Argentina, Paraguai, Peru, Colômbia e Venezuela.

O telegrama é um dos 250.000 publicados pelo site WikiLeaks com informações diplomáticas americanas sobre países e autoridades do mundo.

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